CURTO & GROSSO

Edição de 21/02/2007

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

Soja Majestade e seu estratégico compadre –- aquele que anda com umas transparências ensebadas, debaixo do sovaco, para “provar” que ainda se pode desmatar três vezes mais, para plantar soja transgênica na Amazônia Legal -– vão passar os próximos 40 dias sem ir à missa.

O tema da Campanha da Fraternidade desta ¨coresma¨ é, exatamente, a devastação da Amazônia -– assunto nada católico para a sinistra dupla.

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Por conta da trombada de um Boeing com um jatinho no espaço aéreo de Mato Grosso e que resultou no maior acidente da história da aviação brasileira...

...A Associação Internacional de Pilotos de Linhas Aéreas -- Alpa, na sigla em inglês -- divulgou boletim de alerta a seus membros para ¨dificuldades de operação no espaço aéreo do Brasil¨, enfatizando a questão do inglês dos controladores de vôo, que considera deficiente.

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Com mais esta sua “idéia luminosa”, pelas contas da cabecinha soja de “Meu Rei” o Estado vai arrecadar, de cara, 400 milhões de reais – o equivalente ao 10% do total da dívida ativa, que chega a 4 bilhões de reais --, que é o “deltazinho básico”, a título de adiantamento, que o governo pretende cobrar dos interessados em levar para o SPC os constribuintes inadimplentes com o fisco estadual em Mato Grosso.

Muito mais que isto -– qualquer coisa parecida com meio bilhão de reais/ano -– o governo de Soja Majestade deliberadamente deixa de arrecadar do Cartel da Carne -– aquela brava gente brozeada, premiada com uma suspeitíssima -– e bota “suspeitíssima” nisto! -- estimativa de receita pra lá de furada.

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Além de colher um escândalo bilionário mais adiante – como aconteceu com a empresa RDM, contratada pelo valoroso e valentoso “bríncipe” Auad --, a decisão de Soja Majestade de “privatizar” a dívida pública terá outros desdobramentos igualmente ruinosos.

Com o nome sujo na praça, inúmeras empresas ficarão impedidas de vender bens ou prestar serviços ao governo, provocando, de um lado, desemprego em massa e, de outro, vai arregaçar as portas de Mato Grosso para toda sorte de arrivistas que, para todos os efeitos práticos, estão “limpos” aqui.

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Na condição de megaprodutor – e megadevedor recorrente --, Blairo Maggi vive implorando ao governo federal a securitização das dívidas agrícolas. Já, na condição de governador, não tem contemplação: pretende “vender” e entregar a cobrança da dívida ativa a uma empresa privada, para que esta possa levar os constribuintes inadimplentes ao SPC – Serviço de Proteção ao Crédito.

Ora, ora, ora, ora!...

Caso Soja Majestade não saiba, a crise não ficou circunscrita ao agronegócio. Por conta do “efeito dominó”, afetou a todos os segmentos.

Se assim é, porque Comércio, Indústria e Serviços não merecem, por parte do Erário estadual, o mesmo tratamento dispensado pelo Ministério da Fazenda aos botinudos ou seja, o alongamento dos débitos?

O “pobrema” é que, ao contrário da Famato, FIEMT e Fecomércio sempre prestaram vassalagem ao governante de plantão e, se brigam por alguma coisa, é por cargos e sinecuras no primeiro escalão da administração estadual.

Este e muitos outros “boatos” e comentários exclusivos, no decorrer do dia, só aqui nesta bat-calúnia e neste bat-canal.

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