CURTO & GROSSO

Edição de 07/01/2012

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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Estavam um carioca, um baiano e um cuiabano lagarteando na praia, curtindo o sol e a leve brisa que soprava do mar, quando houve um assalto na Avenida Atlântica. Naquele pega-não-pega, para escapar do linchamento, o ladrão jogou todo o dinheiro para o alto. Praticamente esvaziou a areia.

- Simbora pegar a grana! - anima-se o carioca.

- Só, meu rei! - balbucia o baiano.

- Ê-há! Atcho melhor adgente esperar o vento virar -- sugere o cuiabano.

A clássica piada ilustra à perfeição o momentoso caso do VLT. Das 12 cidades-sede, apenas Rio, Salvador e Cuiabá optaram pelo modal -- além de Brasília, que pretende implantar 4,5 quilômetros de trilhos, favorecendo-se das amplas avenidas e do altiplano em que se acha a Capital da República.

O Rio de Janeiro preferiu o sistema para ampliar e modernizar a estrutura de mobilidade urbana já existente; Salvador, para dar um "tchan" na orla, enquanto Cuiabá, com seus brocotós e ruas estreitas, sabe-se lá porque -- mas não está proibido nem é pecado imaginar -- planeja 23 quilômetros de VLT.

Acontece, meu bem, acontece que Brasília, Rio e Salvador escolheram o VLT "indeusde" que foram selecionadas as doze sub-sedes -- lá se vão cerca de três anos -- elaboraram os projetos, garantiram os recursos para tal e iniciaram as obras. As demais capitais optaram pelo BRT, inclusive Cuiabá.

Porém -- sempre tem um "porém" -- o então governador e agora mega-senador-bialoprado-açu guardou o segredo só pra ele: "esqueceu" de avisar o vice, depois sucessor.

O resultado é conhecido -- relatamos o caso nesta bat-calúnia em primeira mão. Também mais por fora que castanha de cadjú, o novo presidente-secretário do "conglomelado" Ageporca/Semcopa, Éder Moraes Dias, encheu de graveto o nariz do governador Silval Cunha Barbosa que, acossado pelo presidente da AL, deputado José Graldo Riva, há coisa de seis meses, se tanto, embarcou no VLT -- todos sem saber que tal decisão implicava no cancelamento de recursos a fundo perdido, no valor de meio bilhão, disponíveis para o BRT e que se quisesse o modal sobre trilhos, Mato Grosso teria que se virar.

A "solução" se deu à base da mão grande, via parecer criminosamente forjado e o financiamento -- R$ 1,2 bilhão -- viria da Caixa Econômica Federal que, como é a norma, exigiu o projeto-executivo do VLT para desembolsar a grana.

Aí é que pestou a lebre! No governo, não há nenhum engenheiro especialista nesta área e, por isto, há meses o conglomelado Ageporca/Semcopa vem enrolando a CEF e a bugrada.

Na última quinta-feira, 5, venceu o prazo para apresentação do projeto executivo e ninguém deu as caras na Caixa. O senhor Éder Moraes Dias, como sempre que a coisa aperta, está em LINS -- aquele Lugar Incerto e Não Sabido e o governador Silval Cunha Barbosa lagarteando despreocupadamente na praia, em Florianópolis, esperando o dinheiro da CEF cair no colo dele... se o vento virar -- igualzinho ao cuiabano da piada.

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Um homem foi morto na porta de um bar no município de Alta Floresta (812 km de Cuiabá) na noite de quinta-feira (5). O corpo apresenta marca de facas na jugular em um golpe fatal, que matou a vítima na hora. Antônio Lopes da Silva, de 58 anos, estava ensangüentado e caído ao solo, com metade do corpo dentro do estabelecimento e outra parte do lado de fora. Provavelmente, segundo policiais, ele foi morto enquanto fechava o estabelecimento -- informa reportagem do saite "Olhar Direto".

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Ladrões invadem casa de PM e roubam até coturno. Dois homens armados com revólveres invadiram a casa de um policial militar, no bairro CPA IV, 5ª etapa, em Cuiabá, de onde roubaram vários pertences, incluindo um coturno e um colete à prova de balas, além de R$ 500 em dinheiro e cinco celulares -- informa reportagem do saite "MidiaNews"

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Dizer que o futebol brasileiro perde um de seus grandes goleiros em todos os tempos é cair no óbvio. Marcos, afinal, foi campeão mundial com atuação notável na seleção e vencedor da Libertadores como principal nome do Palmeiras.

Quem conviveu com o camisa 1, por um período curto ou por anos, sabe que o esporte se despede não apenas de um atleta talentoso, mas de uma figura afável, autêntica e humilde, apesar das conquistas e do respeitável patrimônio acumulado.

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Ao desejar-me feliz ano-novo, um fraterno amigo fez uma "crítica construtiva" aos artigos que tenho publicado regularmente neste espaço a respeito do mercado editorial: "Não adianta ficar metendo o pau no mercado. Ele tem razões próprias e nada vai mudar isso". Tem toda a razão também o meu amigo.

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Natural seria que a notícia sobre a concentração dos recursos destinados à prevenção e combate a enchentes no Ministério da Integração Nacional para Pernambuco, Estado de origem e domicílio eleitoral do ministro Fernando Bezerra, suscitasse alguma reação entre governadores de outros Estados.

Mas, não. A nenhum deles ocorreu estranhar de público a desproporção. E não foi uma desproporção qualquer: trata-se de 90% das verbas destinadas a um só Estado.

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