No textículo desta quarta, nosso cronista-sênior-açu, o médico Gabriel Novis Neves -- entende da "qüestã", portanto -- defende que o próprio prefeito-eleito, o empresário Mauro Mendes, em carne viva, assuma a Secretaria Municipal de Saúde. Click aqui para ler, reler ou treler.

Foi nele que a bugrada votou, foi ele quem prometeu "arresolver o pobrema"; foi a ele que a população entregou essa responsabilidade e é ele quem deve fazê-lo. A "menas" que, agora que chegou a hora do "teste da farinha", queira tirar o seuzinho da reta.

Nosso cronista cita até exemplos de governantes que assumiram a tarefa de transformar em realidade seus principais compromissos de campanha, sem o que, nada teria acontecido: o governador Adhemar de Barros, que construiu o Hospital das Clínicas em São Paulo, e o presidente JK, que edificou Brasília no Planalto Central.

Dinheiro para a empreitada -- construir um novo Pronto Socorro -- tem e está bem perto, nem carece ir à Capital da República, só pra tomar chá de cadeira: basta permutar com alguma incorporadora imobiliária a área do PSM, que vale uma nota pretíssima -- "pretíssima" no bão sentido, é claro -- em troca da construção de um novo, em local mais amplo e em prazo determinado.

De quebra, a Prefeitura teria, ainda, uma fonte permanente de recursos: o IPTU dos apartamentos e/ou salas comerciais das futuras torres, para manter o HSM e o sistema municipal de saúde. É só "carimbar" os frutos de tal pé de pequi.

Está tudo muito bão, vai tudo muito bem, dinheiro tem de onde tirar, talicoisa, coisitali, porém -- sempre tem um "porém" -- na opinião deste pobre marquês, que não é de "educar o príncipe"; não de graça, mas como o caso é sério e a causa é nobre, tá chegando o Natal, época de aleluia e fase de indulgência plena, vá lá: o prefeito-eleito deveria, sim, delegar a responsabilidade de gerir a saúde municipal a outra pessoa.

Ao famoso Quem? -- indagarão minha querida comadre, meu estimado compadre, nossa fiel e-leitora, nosso zeloso e-leitor -- autoridades civis, militares, eclesiásticas, mais pessoas gradas e pooovo em geral.

Ao nosso cronista-sênior-açu? Nã-nã-ni-nã-não!!! Mil vezes, não!!! Tá com seu passe preso ao e faz parte do magnífico elenco do Grupo Fazendas Reunidas Perereca, Enterprise Broadcasting & Corporation, que paga bem pracarái! E bota "paga bem pracarái" nisto!

Ao candidato adversário, companheiro Lúdio Cabral -- aquele que é alinhado, está em perfeita sintonia e tal, mas disconcorda da privatização, via OSs, do sistema de saúde pública já colocada em prática pela companheirada dos governos estadual e federal...

...Aquele mesmo, que no horário eleitoral e nos debates -- faniquitos à parte -- alegava ter um fórmula mágica para o setor e que serviria de modelo para Mato Grosso, para o País, quiçá, para o "praneta".

Pena que o companheiro Lúdio Cabral nunca detalhou como conseguiria realizar tal proeza, o que um convite do vencedor MM para o oponente derrotado ocupar a Secretaria Municipal de Saúde, teria pelo "menas" duas serventias, ambas edificantes, a saber:

1 - Se Lúdio aceitar -- todos os partidos da coligação encabeçada por MM, à exceção do PPS, também são da chamada "base aliada"; não haveria, portanto, quaisquer impedimentos para que o faça -- serviria para tirar a limpo a veracidade acerca do integral apoio político-financeiro manifestado publicamente, no primeiro e segundo turnos, pelos companheiros ministros; na TV pela companheira-presidenta Dilma e, no comício de encerramento da campanha, pelo próprio Guia Genial dos Povos, se chegasse à Prefeitura de Cuiabá -- pode chegar, na condição de secretário municipal, que não é nada, não é nada... não é nada! -- e...

2 - Se não aceitar, ficará provado e comprovado que tanto a miraculosa solução que ele, Lúdio, anunciou durante a campanha era, mesmo, um baita factoide, um tremendo agá, assim como as "garantias" de liberação de recursos propagandeadas pelos ministros e pelo ex-presidente eram pura conversa pra boi dormir, coisa de petralha.