CURTO & GROSSO

Edição de 29/04/2013

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

Nesta segunda-feira, a presidente em campanha pela reeleição baixou em Campo Grande para entregar 300 ônibus escolares, plantar promessas e colher a gratidão dos prefeitos de 78 cidades de Mato Grosso do Sul beneficiadas pela doação federal.

O vídeo que já nasceu histórico só registra os apupos que sublinharam a saudação do prefeito Alcides Bernal à “melhor presidenta do país”.

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Duplicação das rodovias estaduais Cuiabá/Chapada e Trevo da Imigrantes/Leverger; implantação de telefeérico para travessia do canion da cachoeira Véu de Noiva; construção de Centros de Treinamento no CPA, no campus da UFMT, na Passagem na Conceição e Chapada dos Guimarães; instalação do tal Fan Park no bairro Dom Aquino; hipermegaestacionamento-Vip no bairro Verdão; trocentas obradas de mobilidade urbana -- viadutos, alargamento dos principais eixos viários, cinco novas pontes sobre os rios Coxipó e Cuiabazão --; novo Parque de Exposição e Hospital Universitário-açu; restauração do que ainda resta do Centro Histórico da Capital; ampliação, modernização e transformação do aeroporto de Vadjú no melhor destepaíz, quiçá do muuundo, além do "Guaxebão", claro, a arena mais esplendorosa do "praneta".

Isto o que "se falaram" em maio de 2009, quando Cuiabá foi escolhida para ser uma das 12 sub-sedes do Mundial de 2014, após memorável batalha com Campo Grande, que acabou fragorosamente derrotada no "qüesito" propina-monstra à companheirada da CBF e da FIFA.

Criou-se até um Frankenstein, a Ageporca, que logo se transformou numa mordômica "gaiola das loucas", com mandato até o final de 2014 e tudo o mais, para gerir os empreendimentos programados, que, por conta do "excesso de zelo" -- vamos simplificar assim -- daquela brava gente bronzeada morreu de insuficiência múltipla do único órgão -- o bolso -- sem produzir nada, além de escândalos milionários, mas reencarnada com novo nome, a não menos cavernosa Semcopa, que herdou da antecessora o DNA para o desvairio, o desbunde e o crime de colarinho-branco.

Cinco anos passados, o que temos hoje -- aforante mais, mais, mais e mais rapinagem?

- A "dupricação" das rodovias Cuiabá/Chapada e da Imigrantes/Santo Antônio se resumiu a um trechinho à base de asfalto biodegradável que acabou com a primeira chuva, antes da inauguração...

- A implantação de telefeérico para travessia do canion da cachoeira Véu de Noiva -- só pra variar um pouco -- virou uma escancarada negociata de compadres e o projeto abandonado...

- O CT de Chapada foi deletado e os do campus da UFMT e Passagem da Conceição em ritmo de cágado estressado -- ou de Lesma Lerda Lambrosiana surtada, como queiram...

- O Fan Park mudou para o Memorial do Papa e depois voltou para o bairro Dom Aquino, onde também não se moveu uma palha...

- O megaestacionamento-Vip do bairro Verdão está no "veremos" -- os feirantes, com toda razão, não aceitam pagar para serem desalojados...

- As trocentas obradas de mobilidade urbana estão na situação que temos acompanhado diariamente aqui ao meio-dia...

- O BRT, que contava com recursos de meio bilhão a fundo perdido, foi rifado e substituído pelo três vezes mais caro VLT, que só fica pronto -- se o próximo governador, oh, coitado!, encontrar algum dinheiro em caixa e vontade política -- nos 300 anos de Cuiabá...

- As novas pontes sobre os rios Coxipó e Cuiabazão -- excetuando uma, na rodovia Mário Andreazza, inacabada -- nem projeto têm...

- O novo Parque de Exposição e o HU-açu continuam um cerradão viçoso, para felicidade dos catadores de pequi...

- A restauração do Centro Histórico não passa de loteria -- é preciso vencer um concurso com mais de 300 cidades para obter dinheiro do governo federal...

- O aeroporto "internacional" do Reino Encantado de Vadjú nem voo regular para a Bolívia do compañero-cocalero tem...

- E o projeto do "Guaxebão" foi minguando, minguando, minguando, até virar um puxadinho -- sem favor algum será a arena o mais feíiinha do Brasil --, "graças" a recorrentes calotes na empreiteira e fornecedores, a ponto de as gruas, imprescindíveis para a colocação da cobertura, serem retiradas pelo proprietário.

É nesse pé que as coisas estão nessas Minas da Villa Real de São Bão Jesus do Cuyabá. Tão desolador é o quadro que o camarada-ministro dos Esportes, na semana passada, acabou admitindo o desastre, ao afirmar que "o importante é o estádio", ou seja, o resto tá na pica do saci.

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A inflação é preocupante e a política de juros pode ficar mais dura, disse em São Paulo, num pronunciamento surpreendente, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton de Araújo.

Sua fala destoou da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, divulgada horas antes, na manhã de quinta-feira, e redigida em linguagem bem mais branda.

O mercado reagiu com rapidez. Em pouco tempo aumentaram as apostas em taxas mais altas nos próximos meses. A novidade sobre os juros foi destaque nos meios de comunicação naquele dia e no dia seguinte.

Mas o diretor do BC transmitiu um recado bem mais amplo. A economia, segundo ele, tem pelo menos dois graves problemas. Um é a inflação. O outro é a capacidade de crescimento. Há uma ligação entre os dois.

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Se tudo andar bem, o VLT só chega em 2019 -- 300 anos de Cuiabá --, mas, até lá, os "benefícios" a bugrada poderá sentir na própria pele a cada pancada de chuva.

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1 - O presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel (PSD), novamente está tendo problemas de relacionamento com outros vereadores, que reclamam nos bastidores da falta de cumprimento nas promessas -- informa e komenta a koluna "A Parte Que Me Toca" do jornal daquele abençoado grupo de comunicação que nunca precisou discutir sua relação com o "congromelado", por conta de um certo (?!!!) "legado antecipado" da Copa no valor de R$ 1.6 mi.

2 - Secopa entrega documentos ao TCE e evita processo. (Maurício) Guimarães foi multado em R$ 1,3 mil por atraso -- antecipa reportagem do saite "Midia News".

3 - Universidade detecta caso de plágio em monografia e reprova aluna em MT -- informa reportagem do saite "Olhar Direto".

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A presidente Dilma Rousseff está perdendo o pé de sua popularidade. O poder de compra do consumidor que lhe dá sustentação voltou a cair, deixando a taxa de aprovação de seu governo a flutuar -- nas alturas, é fato, mas a flutuar.

Inércia sustenta popularidade por algum tempo, mas não indefinidamente. De duas, uma: ou o bolso do consumidor volta a encher, ou as opiniões positivas sobre Dilma podem começar a diminuir.

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Se dependesse apenas dos paulistanos, a maioridade penal no Brasil, que hoje é de 18 anos, seria reduzida para 16.

Recente pesquisa Datafolha mostrou que 93% dos moradores da capital paulista concordam com a diminuição da idade em que uma pessoa deve responder criminalmente por seus atos. Outros 6% são contra e 1% não soube responder.

Em consultas anteriores (2003 e 2006), a aprovação da medida pelos moradores da cidade foi de 83% e 88%, respectivamente.

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Seu Viriato é pobre. Seu Viriato contribuiu 38 anos com o INSS. Seu Viriato usa camisa e sapato que os assassinos de sua filha não usariam. Seu Viriato não cheira cocaína. Seu Viriato agora procura um emprego aos 70 anos. Ninguém chama seu Viriato para escrever artigo. Vejam esta imagem, publicada no Estadão, em foto de Nilton Fukuda.

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