CURTO & GROSSO

Edição de 23/07/2016

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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Na quinta-feira 9 de janeiro de 2014 revelamos com exclusidade aqui o motivo que resultou na paralisação (que com PTX virou definitiva) do projeto VLT: a descoberta, na atual Avenida da Prainha, de um fóssil de preguiça gigante, animal extinto há porrilhões de anos, cientificamente denominado Eremotherium laourillardi, mas que na boca do pooovo destes tristes trópicos acabou rebatizado de Silvalius Barbosarum.

O paleantólogo encarregado de escarafunchar os usos, costumes e tradições do bruto chegou à conclusão de que a área de perambulação dele ou dela ía do local em que foi achado/a, até o altiplano onde fica hoje o Centro Político e Administrativo, sede da administração estadual, e seu "ninho" -- um buraco-açu-monstro --, coincidentemente -- acontece! -- exatamente sob o gabinete do governador, no Palácio Paiaguás.

Até quase o final da década de 1970 não se notou nada de estranho no comportamento dos dois primeiro chefes do Executivo, porém, do terceiro para cá... De devolver dinheiro para a União a planos de construir uma fábrica de supersônicos em Vadjú; de helicópteros, em Primavera do Leste; de teco-teco para pulverizar inseticidas nas lavouras de soja, em Rondonópolis, e do VLT para a Copa, em São Bão, teve de um tudo.

Agora temos "O Repórter Frustrado" -- aquele que toma microfone de jornalista e destampa a entrevistar ele mesmo, como se viu na posse e no último domingo em Barra do Bugres, onde à falta do que fazer e mostrar, improvisou um mutirão-político-demagógico nos moldes dos que são promovidos às custas do produtor rural pelo presidente da Famato e candidato a deputado federal, nas barbas da Justiça Eleitoral.

Pior. Não se limitou a oferecer serviços "essenciais" tais como espichar cabelo, espremer cravo, arrancar cutícula e unha encravada, espocar piolho, engraxar sapatos, balancear sobrancelhas: também houve promoção de cirurgias de catarata -- não em ideal ambiente médico-hospitalar, mas num piquete de parque de exposição agropecuária, em meio a bosta de boi seca e pisoteada, fustigada por vento frio.

O mais ridículo de tudo: em uma de suas intervenções simulacro-jornalísticas -- exclusivas para o muuundo, claro -- aproveitou para esculachar o prefeito de Tangará da Serra por "desprezar 700 atendimentos" reservados àquele município, e assim, "prejudicar os pobres". Esperava, por certo, que a prefeitura torrasse dinheiro na contratação de mais de 20 ônibus, para escovar o seu superego de "estadista de redondel".

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"Não autorizei pagamento de caixa 2 a ninguém. Se houve pagamento, não foi com o meu conhecimento", reagiu Dilma Rousseff à confissão do marqueteiro João Santana de que recebeu por debaixo do pano 4,5 milhões de dólares da campanha dela de 2010.

A presidente afastada recorre a poucos caracteres para adotar a estratégia lulista de defesa: a falcatrua pode até ter ocorrido, mas se de fato ocorreu, foi sem a ciência do seu maior beneficiário — no caso, a própria Dilma, eleita presidente e sucessora de Lula naquele ano.

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Não podemos considerar a defesa da ladroagem uma posição moralmente igual, ou igualmente digna de respeito, em comparação com a crítica à roubalheira.

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A presidente Dilma Rousseff empenhou-se em seus cinco anos e poucos meses de governo em se distinguir de Lula em pelo menos uma coisa: ela sempre foi honesta. Nunca disse que Lula fora desonesto. Mas reafirmou sua honestidade todas as vezes que a de Lula foi posta em dúvida.

Pois bem: o depoimento ao juiz Sérgio Moro do marqueteiro da segunda campanha de Lula à presidência da República e das duas campanhas de Dilma, João Santana Filho, mostrou que a honestidade de Dilma em nada fica a dever à honestidade de Lula.

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Diante da prisão de dez brasileiros suspeitos de planejar um ataque terrorista na Olimpíada do Rio, hesita-se entre os sentimentos do alívio e da desconfiança.

Sem dúvida, a ação da Polícia Federal dá mostras de que não eram vazias as declarações de que havia preocupação real com a segurança nos Jogos.

Evidenciou-se, ao menos, a existência de um monitoramento eletrônico sobre eventuais simpatizantes do extremismo muçulmano.

Ao mesmo tempo, não se exclui a possibilidade de que a ofensiva das autoridades tenha se revestido de algum componente midiático.

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Os riscos de um atentado terrorista no Brasil diminuíram "sensivelmente", afirma o procurador da República Rafael Brum Miron, da Operação Hashtag, após a prisão dos suspeitos de fazer parte de uma célula do Estado Islâmico.

“Eles não têm técnicas muito apuradas, mas para dirigir um caminhão e atropelar 80 pessoas não precisa muita técnica. Essa é a preocupação. Existe a preocupação, neste processo ela é séria, por isso essas pessoas estão presas.”

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