CURTO & GROSSO

Edição de 18/02/2017

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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COMPLICAR É PRECISO



De FGTS inativo & outras siglas ídem

Salvo engano, as tais contas inativas do FGTS não serviam rigorosamente para nada. O titular não podia sacar, nem o governo movimentar, ao contrário das ativas -- por outra, "ativistas", utilizadas, não como fonte de recursos para os programas habitacionais e/ou de infraestrutura, mas para bancar obras superfaturadas nos paisecos narcotráfico-bolivarianos e ditaduras africanas. O suplicante? Apenas em artigo de morte.

Se agora virou uma panaceia para todos os males -- quitar dívidas com cartão de crédito rotativo, limpar o nome borrado do freguês, irrigar o comércio, manter ou gerar mais empregos, aumentar a arrecadação de impostos municipais, estaduais, federais, o caralho de asa, a "qüestã" é: com tantos predicados abonadores, por que não, ao invés de uma medida provisária -- em setembro acaba a mamata -- algo permanente?

Bem a propósito: com a medida, a Fazenda atirou no que viu e acertou no que não viu -- 7 milhões não podem sacar seu bereré porque as empresas "esqueceram" de comunicar a demissão do funcionário ao Ministério do Trabalho. Mais: se a culpa é do empregador relapso, por que punir, deixando na vorta de fora o desinfeliz que perdeu o emprego -- no caso, também por omissão das "autoridades competentes", que não fiscalizaram?

Por decisão do Supremo Tribunal Federal os presos vão ser indenizados por maltratos no Casão lotado. Todos eles, por supuesto, a se louvar no porrilhão de relatórios oficiais e das ONGs que com dinheiro público defendem o "cerumano". E nós, o pooovo, que compulsoriamente vivemos em prisão domiciliar -- só falta a tornozeleira -- que igualmente deveríamos estar sob guarda do Estado, via secretarias estaduais de inSegurança?

Quem trafega pelas estradas do Nortão desse Mato Grosso véio de guera constata em seus quiloméeetricos "atoledos" o quanto a realidade foi "transformada" no "qüesito". É de se estranhar que a população de Colniza -- a mais sofrida, até o Esse Lentíssimo Governador José Pedro Gonçalves Taques se aboletar no Paiaguás -- não tenha, ainda, à entrada da agora feliz-cidade, erigido uma "estalta" em homenagem ao Baixote.

PT condena a terceirização de serviços públicos, porém, se adonar em proveito próprio pode, através do aparelhamento. Entre tantos outros, é emblemático o caso do "Minha Casa Entidades", que tem o "coletivo organizado" MTST como único beneficiário. Já embolsou milhões e não construiu uma única tapera. Essa brava companheirada bronzeada mostra seu altruísmo ao usar a nossa grana para ocupar áreas urbanas particulares.

Nome do Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que brotou espontaneamente como pré-candidato à Presidência da República em 2018, vai crescer mais que Embaúba -- espécie vegetal presente em todos os ecossistemas e que viceja nos mais variados tipos de solo e altitudes, do Pico da Neblina (RR), ao Monte Negro (RS); dos Pantanais ao Agreste. Melhor: não está no carreador que leva ao mata-burro da Lava-Jato.

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Se alguém tem alguma dúvida sobre o caos provocado pelo ativismo do STF, sempre disposto a “corrigir” o Congresso, os recentes desdobramentos envolvendo o pacote de leis anticorrupção servem como perfeita ilustração.

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Guarda uma certa coerência com a cultura de um país em que há uma miríade de bolsas sociais e similares a decisão tomada pelo Supremo, por maioria de votos, na quinta-feira, de estabelecer uma indenização financeira a preso que esteja na cadeia “sem condições mínimas de humanidade”. Por exemplo, com superlotação — a maioria delas.

O problema é que o único punido com esta decisão é o contribuinte, já sobrecarregado sob a mais pesada carga tributária do bloco dos países emergentes, e uma das mais elevadas do mundo. O culpado pelas más condições das penitenciárias são governos de estados, onde se encontram os estabelecimentos. Na área federal, são poucas.

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Há um intrigante paradoxo em torno da figura de Lula: não viaja em avião de carreira, evita locais públicos e só fala em ambientes restritos à sua militância para evitar a hostilidade pública, de que tem sido alvo desde que exposto pela Lava Jato.

A recente pesquisa da CNT – cujo presidente, Clésio Andrade, seu amigo, é investigado também pela Lava Jato - tem a vantagem, como as anteriores, de não precisar comprovar nada.

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