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TEMA LIVRE : Pra Seu Governo

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Lições de mau-caratismo
12/02/2009- César Peres

Um mau-caráter que se preze antes de tudo deve ter biografia.

Ninguém se transforma num mau-caráter repentinamente, depois dos quarenta ou cinqüenta anos. Manifesta-se cedo a vocação do mau-caráter e desde logo o inspira a nortear a vida pela mau-caratice.

Deve andar com as más companhias certas, de preferência ser líder entre seus pares.

Não o sendo, mister integre na primeira hora eventual força de choque formada para proteger o seu chefe, o mau-caráter-mor-deposto-por-corrupto (esperando possa este esforço render-lhe alguma vantagem, conseqüência natural da manutenção do outro pervertido no Poder).

O mau-caráter-político, que felizmente é minoria, entrementes, é um espécime muito particular. Não há no reino animal ser que justifique de forma mais cabal o evolucionismo darwiniano: sempre dá um jeito de pendurar-se no Governo - é um sobrevivente.

Na sua faina, ele achaca, morde, mistura o interesse público com o privado.

Se tiver assessores, estes serão usados para resolver os seus problemas pessoais e os dos amigos, embora pagos com o nosso dinheiro, fato para ele perfeitamente normal, afinal elegeu-se para levar vantagens e para arrumar colocações para os apaniguados; não sendo possível colocá-los no seu gabinete, aloca-os na equipe de outro mal-caráter como ele, em troca de algum favor (que pode ser empregar um protegido do outro fisiologista).

Não tem qualquer compromisso ideológico.

E trai. Principalmente trai. Não será um verdadeiro mau-caráter se não for um traidor: trair é da sua natureza. Colocado em risco, pego com a mão na massa, com incrível facilidade cospe no prato que o alimentou.

Faz isso por saber que qualquer acusação feita à honra alheia encontrará guarida e eco: não haverá necessidade de provar o alegado. Alguns irão acreditar e repetir por ingênuos, por néscios; outros, simplesmente por aproveitadores.

Estes - jornalistas, escritores, em muitos casos (é de pasmar!), até advogados: os últimos que deveriam aceitar situações que tais, por saberem (deveriam, ao menos, saber!) ser contrárias aos mais comezinhos princípios constitucionais e democráticos - quando eventualmente acusados, serão os que mais intensamente irão clamar pela garantia da ampla defesa, e serão os que com mais ênfase repetirão as leviandades sem provas do mau-caráter – isto por si só também uma mau-caratice.

Aliás, quando se olha para os nossos representantes, das Câmaras de Vereadores ao Senado Federal - com nobres exceções, as quais devem ser resguardas –, o sentimento é o de que não há mais jeito, só começando o país de novo.

No Brasil, nos últimos tempos, conseguiu-se tristemente eleger uma súcia de iletrados e imorais sem paralelo na nossa história nem na de qualquer outra nação minimamente civilizada.

Prestam desserviço, é verdade. Entretanto, estamos caminhando, aprendendo.

Chegar-se-á.

Afinal, como já se disse alhures:"a democracia é o menos pior dos governos", ou "a pior democracia é melhor do que a melhor ditadura".


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