Conheci, pela TV Senado, a senadora Ideli Salvatti que, em altos brados e com sua voz estridente, em momentos de alta tensão, quando os mensaleiros e aloprados perambulavam pelos porões do Planalto, dizia:

"Tenho orgulho da ética petista".

O também senador, Aloísio Mercadante, na sua dicotomia entre o falso e o verdadeiro, o correto e o errado, com o ar de paladino conseguiu a façanha de revogar o irrevogável.

O bonachão e lento Eduardo Suplicy, que adora divertir o público com suas chalaças, mas que de bobo não tem nada, praticante fanático do marketing político, travestido de Arnaldo Cesar Coelho, arranca de sua cartola mágica, cuidadosamente elaborado nos escaninhos de seu gabinete, e expulsa o coronel José Sarney, o rei do Sarneykistão, numa cena ridícula e patética.

Enquanto isso, entre salmões, vinhos caros e chocolates suíços, além de uma boa cachaça, porque ninguém é de ferro, Lula planeja o processo eleitoral de 2010 com seus fiéis e dignos interlocutores e neoamigos, Renan Calheiros, Jarbas Barbalho, Romero Jucá, Fernando Collor de Melo, entre outros.

Diante dos fatos, é absolutamente pertinente que a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, na pessoa de seu relator, deputado Gonzaga Patriota (valha-me Deus), do PSB de Pernambuco, da base aliada de sustentação ao Governo Federal, esteja analisando o importantíssimo e atualizado projeto que cria o "dia do quadrilheiro".

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