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TEMA LIVRE : Sérgio Rubens da Silva

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Sonhos interrompidos
05/12/2009

No ano passado, 27 mil jovens entre 15 e 24 anos morreram de forma violenta, representando 1/4 do total de 106.848 óbitos motivados por causas externas, como homicídios, acidentes de trânsito e suicídios em todo o País.

Embora o Registro Civil não detalhe a causa dos óbitos violentos, o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, responsável pelo levantamento divulgado na última semana, revela que a proporção de mortes violentas entre os homens nesta faixa etária se manteve estável em nível "extremamente elevado" na comparação com o ano anterior, após uma queda registrada nos últimos cinco anos anteriores.

Em 2008, duas em cada três mortes (67,5%) de homens entre 15 e 24 anos ocorreu por causas externas. Entre as mulheres, a proporção de mortes violentas chegou a 34% nesta faixa etária, um índice em ascensão (há uma década, era de 32%).

Um dado alarmante vem do gerente de estatística vitais do IBGE. "Não se espera que o jovem morra de causa natural. O problema é que são 27 mil mortes por causas externas. Isso tem impacto na esperança de vida. A morte violenta reduz em três anos a esperança de vida do homem no Brasil".

A frase sintetiza o quanto o País perde em relação às mortes prematuras de jovens em idade extremamente produtiva, muitos deles vítimas da violência que assola os principais centros, em uma verdadeira guerra entre o bem e o mal, cujo resultado, infelizmente, é conhecido por todos diariamente pelo noticiário divulgado pela mídia, onde vários deles perdem suas vidas na guerra do tráfico de drogas, um dos principais responsáveis deste quadro alarmante.

A situação fica mais crítica em relação à falta de uma política pública consistente formalizada pelas autoridades de todas as esferas em lidar com a questão.

Apesar das promessas eleitorais de praxe, praticamente nada é feito para melhorar a perspectiva de vida aos jovens, especialmente os residentes em áreas periféricas, seja garantindo-lhes uma qualificação profissional que permita-lhes ampliar os horizontes, dando-lhes a chance de optar em trilhar uma vida melhor, seja oferecendo espaços públicos dignos para o desenvolvimento de práticas esportivas e culturais, que, comprovadamente, têm um impacto positivo nas comunidades onde tais situações ocorrem.

A divulgação de tais índices de mortes comprovam que o Brasil vive uma guerra urbana silenciosa e que se autoridades públicas não investirem em ações concretas para a melhoria da qualidade de vida desta parcela da população com alta potencialidade produtiva, tal número tende a crescer ainda mais, deixando um rastro nefasto no futuro de uma geração que, alijada do processo de desenvolvimento social, é brutalmente interrompida.

...

*Sérgio Rubens, ex-subsecretário de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de Mato Grosso


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