capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 24/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.948.314 pageviews  

Guia Oficial do Puxa-Saco Pra quem adora release...

TEMA LIVRE : Sérgio Rubens da Silva

Outras colunas do Tema Livre

Sonhos interrompidos
05/12/2009

No ano passado, 27 mil jovens entre 15 e 24 anos morreram de forma violenta, representando 1/4 do total de 106.848 óbitos motivados por causas externas, como homicídios, acidentes de trânsito e suicídios em todo o País.

Embora o Registro Civil não detalhe a causa dos óbitos violentos, o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, responsável pelo levantamento divulgado na última semana, revela que a proporção de mortes violentas entre os homens nesta faixa etária se manteve estável em nível "extremamente elevado" na comparação com o ano anterior, após uma queda registrada nos últimos cinco anos anteriores.

Em 2008, duas em cada três mortes (67,5%) de homens entre 15 e 24 anos ocorreu por causas externas. Entre as mulheres, a proporção de mortes violentas chegou a 34% nesta faixa etária, um índice em ascensão (há uma década, era de 32%).

Um dado alarmante vem do gerente de estatística vitais do IBGE. "Não se espera que o jovem morra de causa natural. O problema é que são 27 mil mortes por causas externas. Isso tem impacto na esperança de vida. A morte violenta reduz em três anos a esperança de vida do homem no Brasil".

A frase sintetiza o quanto o País perde em relação às mortes prematuras de jovens em idade extremamente produtiva, muitos deles vítimas da violência que assola os principais centros, em uma verdadeira guerra entre o bem e o mal, cujo resultado, infelizmente, é conhecido por todos diariamente pelo noticiário divulgado pela mídia, onde vários deles perdem suas vidas na guerra do tráfico de drogas, um dos principais responsáveis deste quadro alarmante.

A situação fica mais crítica em relação à falta de uma política pública consistente formalizada pelas autoridades de todas as esferas em lidar com a questão.

Apesar das promessas eleitorais de praxe, praticamente nada é feito para melhorar a perspectiva de vida aos jovens, especialmente os residentes em áreas periféricas, seja garantindo-lhes uma qualificação profissional que permita-lhes ampliar os horizontes, dando-lhes a chance de optar em trilhar uma vida melhor, seja oferecendo espaços públicos dignos para o desenvolvimento de práticas esportivas e culturais, que, comprovadamente, têm um impacto positivo nas comunidades onde tais situações ocorrem.

A divulgação de tais índices de mortes comprovam que o Brasil vive uma guerra urbana silenciosa e que se autoridades públicas não investirem em ações concretas para a melhoria da qualidade de vida desta parcela da população com alta potencialidade produtiva, tal número tende a crescer ainda mais, deixando um rastro nefasto no futuro de uma geração que, alijada do processo de desenvolvimento social, é brutalmente interrompida.

...

*Sérgio Rubens, ex-subsecretário de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de Mato Grosso


OUTRAS COLUNAS
André Pozetti
Antonio Copriva
Antonio de Souza
Archimedes Lima Neto
Cecília Capparelli
César Miranda
Chaparral
Coluna do Arquimedes
Coluna do Bebeto
EDITORIAL DO ESTADÃO
Edson Miranda*
Eduardo Mahon
Fausto Matto Grosso
Gabriel Novis Neves
Gilda Balbino
Haroldo Assunção
Ivy Menon
João Vieira
Kamarada Mederovsk
Kamil Hussein Fares
Kleber Lima
Léo Medeiros
Leonardo Boff
Luciano Jóia
Lúcio Flávio Pinto
Luzinete Mª Figueiredo da Silva
Marcelo Alonso Lemes
Maria Amélia Chaves*
Marli Gonçalves
Montezuma Cruz
Paulo Corrêa de Oliveira
Pedro Novis Neves
Pedro Paulo Lomba
Pedro Pedrossian
Portugal & Arredores
Pra Seu Governo
Roberto Boaventura da Silva Sá
Rodrigo Monteiro
Ronaldo de Castro
Rozeno Costa
Sebastião Carlos Gomes de Carvalho
Serafim Praia Grande
Sérgio Luiz Fernandes
Sérgio Rubens da Silva
Sérgio Rubens da Silva
Talvani Guedes da Fonseca
Trovas apostólicas
Valéria Del Cueto
Wagner Malheiros
Xico Graziano

  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
26/12/2020 - MARLI (Marli Gonçalves)
21/12/2020 - ARQUIMEDES (Coluna do Arquimedes)
20/12/2020 - IDH E FELICIDADE, NADA A COMEMORAR (Fausto Matto Grosso)
19/12/2020 - 2021, O ANO QUE TANTO DESEJAMOS (Marli Gonçalves)
28/11/2020 - OS MEDOS DE DEZEMBRO (Marli Gonçalves)
26/11/2020 - O voto e o veto (Valéria Del Cueto)
23/11/2020 - Exemplo aos vizinhos (Coluna do Arquimedes)
22/11/2020 - REVENDO O FUTURO (Fausto Matto Grosso)
21/11/2020 - A INCRÍVEL MARCHA DA INSENSATEZ (Marli Gonçalves)
15/11/2020 - A hora da onça (Coluna do Arquimedes)
14/11/2020 - O PAÍS PRECISA DE VOCÊ. E É AGORA (Marli Gonçalves)
11/11/2020 - Ocaso e o caso (Valéria Del Cueto)
09/11/2020 - Onde anda a decência? (Coluna do Arquimedes)
07/11/2020 - Se os carros falassem (Marli Gonçalves)
05/11/2020 - CÂMARAS MUNICIPAIS REPUBLICANAS (Fausto Matto Grosso)
02/11/2020 - Emburrecendo a juventude! (Coluna do Arquimedes)
31/10/2020 - MARLI (Marli Gonçalves)
31/10/2020 - As nossas reais alucinações (Marli Gonçalves)
31/10/2020 - PREFEITOS: GERENTES OU LÍDERES? (Fausto Matto Grosso)
26/10/2020 - Vote Merecimento! (Coluna do Arquimedes)

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques