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Críticas Construtivas Se todo governante quer, por quê não?!!!

TEMA LIVRE : Montezuma Cruz

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Livro resgata cancioneiro utilizado pelo Mestre Gabriel em Porto Velho
02/02/2010

A Editora Pedra Nova Edições lançará no próximo dia quatro de fevereiro, em Brasília, o livro “Relicário – Imagens do Sertão”, de autoria do jornalista, pesquisador e cientista político Edson Lodi. Ele também fará o lançamento em outras cidades, inclusive em Porto Velho.

Em duas partes distintas, Lodi traz memórias e recordações do fotógrafo lambe-lambe Cícero Alexandre Lopes, o Mestre Cícero, autor da maioria das fotos do seringueiro José Gabriel da Costa e de seus discípulos.

Mestre Gabriel fundou o Centro Espírita Beneficente União do Vegetal (UDV), em Porto Velho (RO), que hoje possui unidades em diversos países, entre os quais, os Estados Unidos.

Mestre Cícero fotografou também os primeiros discípulos do Mestre Gabriel na época do extinto Território Federal de Rondônia, o que se constitui atualmente um valioso acervo fotográfico popular e cultural.

Música toca o coração das pessoas

Na segunda parte, “Cantiga de Viola”, o livro de Lodi descortina a maneira como a música se inseriu naquele contexto religioso no qual o Mestre Gabriel resgatou diversos intérpretes – Marinês, Trio Nordestino, Jacinto Silva e Jackson do Pandeiro, entre eles – para o seu trabalho espiritual.

— Mestre Gabriel utilizava a música como refinado instrumento para tocar o coração das pessoas. A cada momento, uma música específica. Para cada dor no coração, um remédio. A obra “Relicário – Imagens do Sertão” trata dessas coisas – explica Lodi.

Lodi busca velhos tesouros, pesquisa documentos e redescobre antigos LPs, em busca de resgatar o sentimento e os sons de uma época: o início do Centro Espírita UDV em Porto Velho em meados da década de 1960, na rua Abunã.

– Para compreender a essência de um povo, é necessário conhecer suas origens e o cenário no qual se desenvolveu. E se quisermos ir além, devemos prestar atenção nas pequenas minúcias que compõem sua vida cotidiana – assinala.
Mineiro de Juiz de Fora, pós graduado em Ciência Política, Lodi já publicou “Estrela da minha vida” (Editora Entrefolhas) e “Travessia, poemas” (Editora Thesaurus). Costuma fazer lançamentos em capitais e grandes cidades brasileiras.

Ele acrescenta:

— Num universo simples, a União cresceu, reunindo pessoas comuns, muitas de origem nordestina, e caboclos da floresta. Segundo relatam, foram momentos de lutas e dificuldades, mas também de aprendizado e beleza. A eles, foi dada a honra de receber diretamente de Mestre Gabriel seus primeiros ensinos e de transmiti-los para as próximas gerações.

Fundador da religião da simplicidade

José Gabriel da Costa, filho de Manoel Gabriel da Costa e Prima Feliciana da Costa, nasceu no Estado da Bahia, numa fazenda no município de Coração de Maria, perto de Feira de Santana, no dia 10 de fevereiro de 1922. Eram 14 irmãos. Alguns deles, ainda vivos, deram testemunhos dos sinais de sua natureza especial, de inteligência e clarividência, reveladas desde os primeiros anos de vida.

Por volta de 1942, quando, aos 20 anos, foi morar em Salvador, trabalhou no comércio e, depois, como condutor de bonde. Ao entardecer dos domingos ia à Praia de Amaralina jogar capoeira. Por suas proezas, superando muitos "mestres" com anos de experiência naquela tradição, passou a ser conhecido como Zé Bahia, tendo se tornado conhecido e respeitado como pessoa de trato amável e índole pacífica.

Na Floresta Amazônica

Em 1943, visitou seus familiares em Coração de Maria. Nessa época, com as demandas ocasionadas pelo advento da 2ª Guerra Mundial e o ingresso do Brasil no bloco dos aliados antinazistas, o governo brasileiro promoveu ampla campanha de recrutamento, incentivando pessoas, sobretudo do Nordeste do país, para trabalhar na Amazônia com a extração do látex da seringa, árvore abundante na região, matéria-prima da borracha.

Assim José Gabriel da Costa alista-se, por volta de 1944, como "soldado da borracha". Embarcou em navio para Belém e, de lá, seguiu para Porto Velho, sem ter a oportunidade, sequer, de despedir-se da família.

De 1944 a 1946, esteve a serviço nos seringais Bom Futuro e Triunfo. De volta a Porto Velho, trabalhou com fornecimento de lenha para a Estrada de Ferro Madeira Mamoré e, depois, no Hospital São José em Porto Velho, empregado como auxiliar de enfermagem, onde conheceu Raimunda Ferreira da Costa, conhecida como "Pequenina", e com ela casou-se em 1947.

O contato com o chá, no Abunã

Entre 1950 a 1958, de Porto Velho passou a ir aos seringais com a sua família, vivendo no Território de Guaporé, atual estado de Rondônia, por um período, e voltando à capital de Rondônia. Fez esse trajeto por algumas vezes, sem ter a oportunidade de conhecer o chá Hoasca.

De 1959 a 1964, Mestre Gabriel morou nos Seringais Guarapari e Sunta às margens do rio Abunã, fronteira com o Acre, mais precisamente na margem boliviana. Foi quando teve seus primeiros contatos com o chá Hoasca.

Preparado com a decocção de dois vegetais, Mariri e Chacrona – que era então distribuído às pessoas sem doutrina definida pelos que ficaram conhecidos como "mestres de curiosidade". A Hoasca era também conhecida por diversos outros nomes, entre os quais, Daime, Cipó, Caapi, Mariri.

Até ali, José Gabriel era conhecido apenas como um homem simples e trabalhador, que se destacava pela sua capacidade de produção como seringueiro. Até que, iniciando a distribuição do Vegetal a seu modo, veio a ser considerado pelos demais mestres como o "Mestre dos mestres", pela sua inteligência superior e domínio ritualístico sobre os próprios efeitos do chá no estado de concentração mental das pessoas, com benefícios evidentes para os que o acompanhavam. (Do site da UDV).

SERVIÇO

Lançamento: 18h30, dia 4, no Restaurante Mangai, próximo à Ponte JK (3a. ponte), junto ao Clube da OAB, em Brasília.

Exemplar: R$ 30.

Será ofertado aos primeiros compradores um CD-Brinde com músicas que o M. Gabriel utilizava em sessões da UDV.
Contato: 61 3225 0186


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