capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 24/09/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.765.955 pageviews  

MT Cards Que tal mostrar a cara de Mato Grosso?

TEMA LIVRE : Wagner Malheiros

Outras colunas do Tema Livre

Dentro da Baleia
25/04/2011

Eu li “Trópico de Câncer” na minha adolescência. Já tem tempo. Exige-se maturidade para que possamos entender por completo uma obra. Mas não é sobre ela que desejo escrever e sim sobre um pequeno ensaio surgido após esse livro.

O senso crítico é formado, não se nasce com ele. E não basta a formação, concomitantemente são necessárias algumas décadas de bagagem cultural e a sua digestão. No mais e no fim só arranhamos a superfície e visualizamos uma pequena porção do todo. O pensar atormenta e fascina.

George Orwell é conhecido por livros maravilhosos, o mais conhecido é “1984”. Um livro extraordinário pelo tempo em que vivemos e que descreve bem o pensamento tacanho dos pensadores totalitários, em especial dos esquerdistas.

Mas existe um ensaio chamado “Inside the Whale” pouco conhecido, ao menos por aqui. George Orwell escreve entre muitas coisas sobre o seu encontro com Henry Miller, autor de “Trópico de Câncer”.

É um ensaio que pode parecer confuso, mas reflete muito bem a década de 40 e se mantém coerente com muitas coisas de nosso tempo.

Gosto muito de lê-lo em especial por Orwell ter descrito o socialista como um ser subserviente a teorias alienígenas que mal entende e que a usa para confrontar o poder local. Seria o socialismo apenas uma ferramenta que motivaria os ignaros e desleais. O principal meio político usado: a difamação e a mentira.

Nada mais atual.

A justificativa de se encontrar na época tantos jovens intelectuais entre as hostes socialistas - onde é impossível se manter a honestidade do pensamento - seria o desemprego da classe média inglesa, na qual eles se incluíam. A prosperidade seria então a melhor cura desta distorção do pensamento.

Por cá fico pensando que existe algo a mais. Em geral nos países do terceiro mundo os esquerdistas se acomodam em doces sinecuras onde tecem sonhos grandiosos e utópicos. Nada fazem além de pensar e tecer conjecturas contra o status quo, seja qual for.

Acomodado e açodado por um mundo livre em que existe movimento, o socialista se apega no seu imobilismo e em hipóteses esdrúxulas para imprecar contra o que inveja.

Se Orwell achava que um bom socialista surgia pelo desemprego, nos dias atuais ele existe pela inveja oriunda de sua incompetência. Não existe comunista empreendedor. Vivem a pensar em situações que seriam os mestres do controle. Não lêem e quando o fazem é com péssima literatura. Detestam quem faz quem pensa e os que brilham.

São reféns da mediocridade.

Há uma década os pensadores democratas eram silentes. O Brasil começou a sair da escuridão e enfim passou a oferecer aos jovens uma outra realidade que não fosse aquela ditada pelos marxistas das nossas universidades.

Se na Inglaterra o comunismo fugaz gerado pelo desemprego não prosperou, em nosso país a pobreza e o péssimo patamar de nossa escolaridade ainda mantêm terreno para alguns desonestos pseudo-intelectuais.

Não é à toa que tratamos figuras do entretenimento como pensadores. Alguns bajuladores se valem de manobras para paparicar. Vide Chico Buarque.

Este bom letrista se encontra “inside” numa boa e gorda “whale”.

Parece que Cuba esta desistindo do Comunismo. Aqui alguns insistem.

Não é à toa.

A Baleia é gorda, rica e em seu interior quentinho e cômodo cabe sempre um companheiro.

Ah, esses comunistas!

...

*Wagner Malheiros é médico pneumologista em Cuiabá/MT


OUTRAS COLUNAS
André Pozetti
Antonio Copriva
Antonio de Souza
Archimedes Lima Neto
Cecília Capparelli
César Miranda
Chaparral
Coluna do Arquimedes
Coluna do Bebeto
EDITORIAL DO ESTADÃO
Edson Miranda*
Eduardo Mahon
Fausto Matto Grosso
Gabriel Novis Neves
Gilda Balbino
Haroldo Assunção
Ivy Menon
João Vieira
Kamarada Mederovsk
Kamil Hussein Fares
Kleber Lima
Léo Medeiros
Leonardo Boff
Luciano Jóia
Lúcio Flávio Pinto
Luzinete Mª Figueiredo da Silva
Marcelo Alonso Lemes
Maria Amélia Chaves*
Marli Gonçalves
Montezuma Cruz
Paulo Corrêa de Oliveira
Pedro Novis Neves
Pedro Paulo Lomba
Pedro Pedrossian
Portugal & Arredores
Pra Seu Governo
Roberto Boaventura da Silva Sá
Rodrigo Monteiro
Ronaldo de Castro
Rozeno Costa
Sebastião Carlos Gomes de Carvalho
Serafim Praia Grande
Sérgio Luiz Fernandes
Sérgio Rubens da Silva
Sérgio Rubens da Silva
Talvani Guedes da Fonseca
Trovas apostólicas
Valéria Del Cueto
Wagner Malheiros
Xico Graziano

  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
26/12/2020 - MARLI (Marli Gonçalves)
21/12/2020 - ARQUIMEDES (Coluna do Arquimedes)
20/12/2020 - IDH E FELICIDADE, NADA A COMEMORAR (Fausto Matto Grosso)
19/12/2020 - 2021, O ANO QUE TANTO DESEJAMOS (Marli Gonçalves)
28/11/2020 - OS MEDOS DE DEZEMBRO (Marli Gonçalves)
26/11/2020 - O voto e o veto (Valéria Del Cueto)
23/11/2020 - Exemplo aos vizinhos (Coluna do Arquimedes)
22/11/2020 - REVENDO O FUTURO (Fausto Matto Grosso)
21/11/2020 - A INCRÍVEL MARCHA DA INSENSATEZ (Marli Gonçalves)
15/11/2020 - A hora da onça (Coluna do Arquimedes)
14/11/2020 - O PAÍS PRECISA DE VOCÊ. E É AGORA (Marli Gonçalves)
11/11/2020 - Ocaso e o caso (Valéria Del Cueto)
09/11/2020 - Onde anda a decência? (Coluna do Arquimedes)
07/11/2020 - Se os carros falassem (Marli Gonçalves)
05/11/2020 - CÂMARAS MUNICIPAIS REPUBLICANAS (Fausto Matto Grosso)
02/11/2020 - Emburrecendo a juventude! (Coluna do Arquimedes)
31/10/2020 - MARLI (Marli Gonçalves)
31/10/2020 - As nossas reais alucinações (Marli Gonçalves)
31/10/2020 - PREFEITOS: GERENTES OU LÍDERES? (Fausto Matto Grosso)
26/10/2020 - Vote Merecimento! (Coluna do Arquimedes)

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques