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TEMA LIVRE : Antonio Copriva
Das ordens e das falanges
21/08/2011
(A aventura é louca mas o aventureiro é lúcido – Ana Maia)Infataslopréia. Nhor sim. Chego meu momento. Vo fala, vo fala. Segura língua de grude, arrupia pelo de arame, ninguém arreda qui já qui sai. Botumaí, bota!!!
Macadame, muxirum, morubixaba. Descia água, subia arco, cateretê na catirina, ia tudimundo si benzeno, si tocanu e se lascanu, uuuuuuu, uuuuuuu, ai ai ai.
Num é pur si nim mi. Baldomero tiço fogo, rupiô pelame, faísco a baita da lambideira que só paquera qui istribuchô, êi êi êi, rinchando! Gurguiô bem duro!!! Banzero sacudiu canoa, travessão vergaio água santa, cabeça rochada di fogo, tontiô, peixe, num tem nem curica, arraia, virtige balança, tenteia o remo, gorfa, gorfa, gorfa.
Num carece isconde nada. Sombração, visage ta na mata sondano, assuntano nóis, as arma penada cutucano carcanhá, vôti, vôti, mi mordi ieu naummmmm!!!! Serpentiô boleadera cascavelando, trisco, trisco, nuvem cheia coscurando, trincando nas grimpa, vade bamburro, vade coisaruim, lambidera sargando a manta, istrupiço!
Cascaio tistimunha, cascaio num fala, mancha tudo, chibiu zoado, pirita di cobra, cascaio num vê nada, só corpo tremece i rincha o cascaio, brecha na mata, brecha na grota, cascaio geme, corpo sacude, sacude i queta, queta tudo, queta munto, queta. Lambidera ta nu peixe, nas água, nas cachuera, lambidera vai pras visage da noite.
Dize num mi nego, rupio, rupio di tudo, pelame sustado, oio vexado, oiti, piqui, casca de imburana, gole fundo, oio zune, oio pinica, cabeça zoada, hum, hum, ta oiano sem vê, ta sentinu sem toca, bichu gosmento na garganta sequida, estâmo virado,
bera di cu ardido, lambidera desce o remanso, vremêio, cascaio vremêio do bucho tripado, Baldomero cisco trupicano, a grota inguliu cada passo inchado, comeu Baldomero, lambidera curusco águabaixo, nem num houve gemido, tudo surdo, tudo mudo, santa paz das pedra queta e dos calango quetos e das aranhas mudas, mudinhas.
Contava, disse, contei. Infataslopréia, cigupirunga, machuvissanga, xubixú. Virtige, solapino, ardente água santa batizada amém jisuizinho ta tudo rivirado, bateia rivirô, estâmo rivirô, tripa veia rivirada ca água forte, fogo na guela, té na sacopeva e Baldomero nas grota istropiado, sem lambidera num é mais ome, num é mais nada nadinha de nada, grota guliu Baldomero que nem priguntô nome do vivente, foi só chuçano, chuçano, Baldomero mau, Baldomero jogo lambidera na corrente e si jogo na grota, seu moço podi vê, sobro nem pro ribú, inda resta umas talagada desse fogo ardido rasgando a guela, vambebê?
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Antonio Copriva é publicitário
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Comentários dos Leitores
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Comentário de Hernando Salazar (hernandocba@gmail.com) Em 21/08/2011, 17h23 |
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Comunicação da sociologia, ou sociologia da comunicação?
É pinga! |
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