TEMA LIVRE : Coluna do Arquimedes

Um dia de cada vez
12/10/2020

Não foi num só dia que o mundo foi feito e nem será num só dia que vamos resolver todos os problemas do Brasil que tem sido emporcalhado durante pelo menos três décadas, pela ação impertinente, desnecessária, marota e hipócrita da filosofia política que aqui imperou durante esse tempo.

O que terá levado pessoas de destaque social e até respeitáveis, muitas vezes, a degenerar a própria alma em nome de um poder que amedronta, porque só produz desgraças, não é fácil saber.

O que terá levado líderes potencialmente importantes para a sociedade como um todo, a atitudes deprimentes, de falta de caráter e de leviandade moral, também é um intrincado mistério de difícil elucidação.

O que leva um ser humano a primar pela indecência, quando o estado natural do Espírito Criado é a semelhança com a Inteligência Cósmica Criadora de tudo?

Não foi num só dia que a filosofia foi desenvolvida e nem será num só dia que a humanidade vai compreender que não há ação sem reação.

Há aqueles que, como Antônio Hermírio de Moraes – de saudosa e venerável memória – honram cada gesto, cada palavra e cada movimento que fazem, e há aqueles que, como o Koyote, do desenho animado, adoram armar contra quem imaginam seus adversários, pelo simples prazer de complicar e fazer mal.

Somos as marcas que vamos deixando por aí, tenho dito. E que bom seria se todos os homens e todas as mulheres se preocupassem suficientemente com o depois da sua passagem por aqui. Porque todos somos lembrados pelas marcas que deixamos.

Nem sempre imediatamente, mas sempre!

Nikola Tesla, hoje tido como “gênio futurista de coração benevolente”, segundo registro da Wikipédia, foi subestimado em suas capacidades, no seu tempo. Lá se vão mais de 130 anos desde que deixou Budapeste e se mudou para Nova York e aí desenvolveu teorias nunca levadas a sério, mas que agora cientistas de renome procuram pôr em prática. Porque então percebem que Tesla tinha razão quando afirmava, entre outras coisas, que é possível transmitir energia elétrica sem redes de transmissão, sem fios e sem grandes custos. Como se fossem ondas de rádio, por exemplo. Ou como a internet.

Seria de extrema importância que os integrantes do setor político partidário – não só no Brasil mas em todo o Planeta – fizessem assim! Procurassem deixar marcas dignas de admiração e de aplauso.

Mas eles não estão interessados em nada além do poder. Custe o que lhes possa custar, no depois mais. Esse é o grande equívoco, porque jamais admitirão a possibilidade de serem questionados e cobrados, do lado de lá da vida, pelo desmanzelo e pela irresponsabilidade. Mas então lá lamentarão os efeitos do que fazem agora.

Eleições chegando, velhos lobos ordenando, e verdadeiros exércitos de lobinhos incautos seguindo – ou procurando seguir! - os enfáticos “conselhos” dos seus líderes. Sem nem de longe se imaginarem fazendo parte de uma grande ilusão.

Mas há gente de bem, participando da nova tentativa de restauração da decência, da competência e da justiça na política partidária já praticada em alguns recantos do Planeta. O que é ótimo, porque então saímos da inútil situação de reclamar e desesperançar, para ações mais objetivas de mostrar que o Brasil tem jeito. Que o mundo, tem jeito!

E, como os dias se sucedem sempre um de cada vez, o que resultar das nossas escolhas nos dias de eleições também, terão os seus dias de refletir os efeitos do que escolhermos.

Assim também aquele que planta semente. Se a semente é a verdade, colherá admiração e respeito. Se mente… no dia adequado sentirá sobre a própria alma, os efeitos da própria incúria.

Então ficamos assim:

- Aos candidatos continuamos alertando para o fato de que “a cada um será dado conforme fizer”.

- Aos eleitores a nossa obrigação de continuar pedindo que prestem atenção aos feitos daqueles que pensam escolher como administradores do que é de todos nós e como legisladores municipais.

Serão essas pessoas que nos próximos quatro anos enfeitarão os nossos rostos com sorrisos ou os entristecerão com expressões de arrependimento pela escolha.

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