capa | atento olhar | busca | de última! | dia-a-dia | entrevista | falooouu
guia oficial do puxa-saco | hoje na história | loterias | mamãe, óia eu aqui | mt cards
poemas & sonetos | releitura | sabor da terra | sbornianews | vi@ email
 
Cuiabá MT, 24/11/2024
comTEXTO | críticas construtivas | curto & grosso | o outro lado da notícia | tá ligado? | tema livre 30.948.187 pageviews  

Tema Livre Só pra quem tem opinião. E “güenta” o tranco

TEMA LIVRE : Talvani Guedes da Fonseca

Outras colunas do Tema Livre

Quem tem medo de Karl? -- VI
20/11/2005

Quando não existir mais propriedade, luta de classes, dominação e a exploração do homem pelo homem, que desafiam o tempo, também acabará e haverá igualdade.

Numa sociedade sem contradições de classe o Estado não só se tornará desnecessário como impossível, e isso foi Lênin quem disse.

Sem o capitalismo não haverá exploradores, explorados, opressores ou oprimidos, porque sem o trabalho não existirá capitalismo.

A força de trabalho humana assumiu a forma de mercadoria, e o capital é o fim em si, é fazer dinheiro e acumular riquezas, é dono dos meios de produção, das máquinas e matérias-primas e paga salários a quem nada tem, além da energia, a força de trabalho que o operário é obrigado a vender. Quem produz é o operário, mas o produto do trabalho pertence ao capitalista.

Daí os interesses dos capitalistas e dos trabalhadores não serem os mesmos, porque o capitalismo marginaliza a população em benefício das classes dominantes.

Qualquer trabalho vale mais do que o salário que se paga.

É importante que os trabalhadores se organizem como classe e não percam de vista a voz das bases, porque a meta é destruir a propriedade privada, para emancipar-se. Oprimido e ignorante, o operário é o escravo moderno, explorado no aluguel, farmácia, mercado, em tudo.

Uma vez terminada a exploração do operário pelo fabricante, logo que ele recebe seu salário, caem sobre ele as outras partes da burguesia, o proprietário da casa, o dono da venda, o usurário, e não sou eu quem diz isso, está no Manifesto que a luta do trabalhador contra a burguesia começa com sua própria existência.

E o que ele produz?

Um carro, um armário, um tecido?

Não, o que ele produz só tem um nome, mercadoria, enquanto o patrão retém o produto do trabalho, acumula-o na forma de capital e passa a ser dono do que o operário produz, e ele é um detalhe a mais na produção que se vende diariamente, como uma mercadoria qualquer, um artigo de comércio, como qualquer outro, e vai por aí, os ricos são sempre considerados bons, educados, cultos e dignos de respeito e os pobres, exatamente o contrário, preguiçosos, imorais e sem valor.

E daí?

Ter belo aspecto ou estar bem nutrido e vestido não quer dizer que se tenha credibilidade! Assim acontece com as nações e nós, periféricos, somos os subdesenvolvidos, somos o terceiro mundo. Em outras palavras, os preguiçosos, os imorais e sem valor que os Estados Unidos e a Europa, educadíssimos, exploram.

O capitalista diz que trabalho e capital não são antagônicos, que se complementam como faces da mesma moeda e que, na origem do capital está o trabalho, não o empresário capitalista, aquele que possui os recursos financeiros e vive de aplicá-los. E não me venham com essa, de que o empresário é a figura mais importante na produção econômica, que é o patrão quem assume os riscos e que, sem a sua iniciativa, não se criaria empregos para outros trabalhadores. Esta é mais uma mentira.

O que importa é a origem do capital.

Se você vende e compra, faz dinheiro; no entanto, alguém tem que trabalhar para produzir o que você vai vender ou comprar, alguém que se vendeu, vendeu seu suor, seu talento, sua força de trabalho.

Se a origem do capitalismo é a riqueza acumulada e o lucro é um custo indevidamente acrescentado ao preço da mercadoria produzida pelo trabalho.
Em sua teoria econômica Karl deixa claro que capital e trabalho são e serão, sempre, duas coisas absolutamente opostas, muito diferentes.

O valor de qualquer produto é fruto exclusivo do trabalho, que está associado à fadiga, mas o capital está associado ao lucro, algo que é acrescentado pelo capitalista ao preço, e o lucro nada mais é do que a expropriação do trabalho. Marx e Engels explicam isso, direitinho, no Manifesto Comunista, que o lucro faz do trabalhador uma mercadoria, que não usufrui o próprio trabalho.

...

*Talvani Guedes da Fonseca é jornalista, poeta e escritor norte-rio=grandense.



OUTRAS COLUNAS
André Pozetti
Antonio Copriva
Antonio de Souza
Archimedes Lima Neto
Cecília Capparelli
César Miranda
Chaparral
Coluna do Arquimedes
Coluna do Bebeto
EDITORIAL DO ESTADÃO
Edson Miranda*
Eduardo Mahon
Fausto Matto Grosso
Gabriel Novis Neves
Gilda Balbino
Haroldo Assunção
Ivy Menon
João Vieira
Kamarada Mederovsk
Kamil Hussein Fares
Kleber Lima
Léo Medeiros
Leonardo Boff
Luciano Jóia
Lúcio Flávio Pinto
Luzinete Mª Figueiredo da Silva
Marcelo Alonso Lemes
Maria Amélia Chaves*
Marli Gonçalves
Montezuma Cruz
Paulo Corrêa de Oliveira
Pedro Novis Neves
Pedro Paulo Lomba
Pedro Pedrossian
Portugal & Arredores
Pra Seu Governo
Roberto Boaventura da Silva Sá
Rodrigo Monteiro
Ronaldo de Castro
Rozeno Costa
Sebastião Carlos Gomes de Carvalho
Serafim Praia Grande
Sérgio Luiz Fernandes
Sérgio Rubens da Silva
Sérgio Rubens da Silva
Talvani Guedes da Fonseca
Trovas apostólicas
Valéria Del Cueto
Wagner Malheiros
Xico Graziano

  

Compartilhe: twitter delicious Windows Live MySpace facebook Google digg

  Textos anteriores
26/12/2020 - MARLI (Marli Gonçalves)
21/12/2020 - ARQUIMEDES (Coluna do Arquimedes)
20/12/2020 - IDH E FELICIDADE, NADA A COMEMORAR (Fausto Matto Grosso)
19/12/2020 - 2021, O ANO QUE TANTO DESEJAMOS (Marli Gonçalves)
28/11/2020 - OS MEDOS DE DEZEMBRO (Marli Gonçalves)
26/11/2020 - O voto e o veto (Valéria Del Cueto)
23/11/2020 - Exemplo aos vizinhos (Coluna do Arquimedes)
22/11/2020 - REVENDO O FUTURO (Fausto Matto Grosso)
21/11/2020 - A INCRÍVEL MARCHA DA INSENSATEZ (Marli Gonçalves)
15/11/2020 - A hora da onça (Coluna do Arquimedes)
14/11/2020 - O PAÍS PRECISA DE VOCÊ. E É AGORA (Marli Gonçalves)
11/11/2020 - Ocaso e o caso (Valéria Del Cueto)
09/11/2020 - Onde anda a decência? (Coluna do Arquimedes)
07/11/2020 - Se os carros falassem (Marli Gonçalves)
05/11/2020 - CÂMARAS MUNICIPAIS REPUBLICANAS (Fausto Matto Grosso)
02/11/2020 - Emburrecendo a juventude! (Coluna do Arquimedes)
31/10/2020 - As nossas reais alucinações (Marli Gonçalves)
31/10/2020 - MARLI (Marli Gonçalves)
31/10/2020 - PREFEITOS: GERENTES OU LÍDERES? (Fausto Matto Grosso)
26/10/2020 - Vote Merecimento! (Coluna do Arquimedes)

Listar todos os textos
 
Editor: Marcos Antonio Moreira
Diretora Executiva: Kelen Marques