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Curto&Grosso O que ainda será manchete

TEMA LIVRE : Talvani Guedes da Fonseca

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Não chame a polícia
26/11/2005

Na semana em que cheguei em Natal aconteceu uma tragédia inexplicável, o assassinato pela instituição Polícia Civil do prefeito da cidade de Grossos, e comecei então a tentar entender o que se passava, porque tamanha barbaridade acontecera.

Agora, sei.

As instituições Polícia Militar e Civil estão sendo usadas para intimidar civis indefesos, ao menos neste caso, que é concreto.

E ambas as instituições são honradas, conheço uma e cresci dentro da outra, o quartel da PM, no Tirol.

Aquilo que resultou na tragédia da estrada acontece porque há partes podres nas Polícias Civil e Militar, existem, e se abordo esse tema que a mim desagrada tanto, é porque tenho o direito, o dever, de dar exemplo de cidadania e denunciar quão está indefeso o cidadão para exercer os direitos e deveres estabelecidos na Constituição.

No prédio aonde vim morar, vivem pessoas de renda baixa, que ganham pouco e outras mais, inclusive, marginais, especialmente um deles que, ao ser apresentado, quando mudei para lá, indagou:

“Já ouviu falar em Naldinho de Mãe Luíza?” — Ivanaldo Xavier — e pôs-se a falar de nomes e mais nomes e de um não poderia esquecer, Dr. Maurílio Pinto, e um outro, que foi fácil lembrar, pelo horror que se esconde por trás deste nome, Jorge “Abafador”.

Na “convivência, entre um artigo e outro, vi uma cena chocante.

A enteada do referido, cinco anos, fez alguma coisa que o desagradou, ele a chamou, pôs-se de pé com as costas na parede e quando a menina veio, chutou-a como se ela fosse uma bola de futebol e ele, um zagueiro.

Avisei à mãe, a cara metade do traste, que exerceria meu papel de cidadão e se mais uma vez batessem na criança, eu iria a um defensor público, para aplicar-lhes o Código do Menor e do Adolescente, porém, desde então minha vida voltou a ser como antigamente, na guerrilha. Primeiro, porque, mesmo diante da visível dificuldade com que ando, desde que saí do Sarah Kubitscheck, o canalha ousou ameaçar-me fisicamente, a tal ponto que comprei uma bengala, mais para defender-me do que nela apoiar-me.

Sou repórter, tenho minhas máfias, muito tempo de praia.

Observei que o carro do marginal, todo escuro, tem distintivo da polícia e talvez seja esta a razão de o Detran não pará-lo, porque carteira de habilitação ele não tem, mas, assim mesmo, o veículo cheio de DvDs piratas (ele é guarda-costas de uma das maiores distribuidoras da cidade), anda para cima e para baixo. Liguei para o DPF, que aprecio muito, editei a revista deles, em Brasília, e passei o que interessa ao órgão.

Encarei-o, perguntei se era policial, mesmo, e ele disse que fora expulso.

Liguei para Maurílio, que desmentiu e ficou nisso.

Com certeza foi um “profissional” igual a esse quem indicou a camionete do prefeito como sendo roubada.

Estranho é que todas as denúncias contra o marginal levadas à 1ª DP, não andam, e assim, a senhora Maria Gorete de Souza teve que ir à delegacia de Brasília Teimosa e fez um boletim de ocorrência.

E ele não foi.

O pior aconteceu há duas semanas.

Uma jovem das imediações foi assaltada no fim da tarde, “coisa comum em Petrópolis”, disse-me um sargento, e vejo que de fato é comum, não só na cidade do Natal, no estado todo.

O marginal entrou no seu carro preto com distintivo ostensivo da Polícia Civil, saiu em disparada, algemou o primeiro “suspeito” e agrediu-o, bateu na face do pobre, que perguntava:

“Que foi que eu fiz? Que foi que eu fiz?”

O rapaz é funcionário de um restaurante seguia para o trabalho, chegou cheio de hematomas e em menos de quinze minutos, o patrão apareceu no prédio, disse o diabo ao marginal, mas, não houve exame de corpo de delito, porque era sábado.
Tentaram levar o caso a 1ª Delegacia, o Delegado Silvio F. da Silva, o escrivão Emanuel, agentes, todos souberam do caso, que ficou por isso mesmo.

Sou repórter, descobri tratar-se de um informante, um “rato”, dedo-duro, e seria o mesmo que levou o tal Jorge “Abafador”, por “engano”, a casa onde uma família pobre de Mãe Luíza foi chacinada..

Por quê a Polícia Civil não faz nada, não sei.

Eu fiz, investiguei.

A diversão do marginal é jogar contra quem não gosta, sua mulher, uma senhora gorda também chamada na área de Moby Dick, a baleia branca, mandando-a lavrar falsos testemunhos em delegacia, para intimidar, e quando as partes são chamadas, a dele não comparece. No cartório do Juizado de Pequenas Causas há quatro registros de audiência, uma “armada” contra mim, e a nenhuma ele ou ela compareceram.

Entendem por quê imolaram o prefeito de Grossos?
Nos últimos quatro meses o primata, cuja maior ofensa que tentou fazer-me, além das três tentativas de agressão, foi baixar a bermuda e mostrar a genitália, chamou a PM três vezes, para intimidar alguém, e seria bom a P2 verificar se foi registrada alguma delas e quem são os fardados íntimos dessa preciosidade que não deve ser exceção.

Há outros com emblemas da Polícia Civil; pior, que agem como se fora.

E isso precisa parar, por preservação da própria instituição.

Chico Buarque disse, chame o ladrão.

...

*Talvani Guedes da Fonseca é jornalista, poeta e escritor norte-rio-grandense.




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Comentários dos Leitores
Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.

Comentário de alaor lopes (alaorlopes2009@hotmail.com)
Em 06/01/2010, 15h18
nao chame a policia
nao sei se estou no caminho certo,estou tentando saber alguma coisa sobre augusto guedes

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