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TEMA LIVRE : Talvani Guedes da Fonseca

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Nuzão da Silva
27/12/2005

Despreparado ele é e é Thomas Skidmore, um “brazilianist” dos EUA, quem acrescenta, enganador, e há o desabafo do poeta Ferreira Gullar, de 75 anos:

¨Contava com um fracasso administrativo, com roubo eu não contava.¨

Ele aproveitou para criticar o ministro da cultura por não “cumprir bem seu papel¨ e defendeu o comunismo e a sociedade sem classes, ¨uma coisa fundamental, que revolucionou o mundo¨.

Publiquei na edição de fevereiro deste ano na revista natalense Pense/Século XI — O debate das Idéias” o artigo “Nuzinho da Silva”, reproduzido em www.supersitegood.com, em Tema Livre, no qual, baseando-me em pesquisas, demonstrei que o famoso “espetáculo do crescimento” só existia na cabeça do presidente messiânico, e ainda, que os resultados sobretudo no comércio exterior devem-se aos dois primeiros mandatos de Fernando Henrique, do lema “exportar ou morrer”, e também que a política monetária adotada não só não seria suficiente para pagar o serviço da dívida, como viria a retração.

O artigo fala por si, basta conferir, e demais a mais me alegra ser àquele que há 25 anos combate o mito e seus trezentos picaretas de “esquerda” que assaltaram o poder, só não acertei na mosca quanto à queda nas exportações e no balanço de pagamentos. Com o dólar baixo, esta seria a previsão correta, e, na realidade, e o foi, pois, se em moeda cresceu, também em volume e isso significa queda de competitividade e lucros, mas admito que o conservadorismo do Banco Central e a alta das exportações, pelo menos aqui, desmoralizaram a bola de cristal dos economistas, e isso não tem nada a haver com o “governo do Pt”, deve-se à conjuntura mundial favorável e a pesados investimentos feitos nos dois primeiros mandatos de FHC.

Mas tudo bem, não sei em que país vive o messiânico quando acusa a oposição de ter ¨inveja¨, ¨rancor¨ e ¨mágoa¨ de seu sucesso, não disse onde nem que quê, o que levou o secretário de governo de São Paulo, Arnaldo Madeira, a dizer que o presidente ¨tem complexo de Pedro Álvares Cabral¨, no entanto mente tanto, a cada “apagão” jura que não haverá outro, que as promessas de ontem no programa de rádio, de ¨um crescimento mais vigoroso e mais sólido em 2006¨ e queda de ¨consistente¨ dos juros,” causam espanto:

¨Eu não prometo, eu garanto ao povo brasileiro que nós vamos ter um Brasil se desenvolvendo muito mais em 2006¨.

Mais uma vez “Eu acho” está “Nuzão da Silva”, os números demonstram-no e tanto o messiânico pode ser comparado ao conto de Hans Christian Andersen, “A roupa nova do rei”, como a Pangloss, o personagem de Cândido que via sempre o melhor das coisas e vivia no melhor dos mundos, uma das obras mais conhecidas de Voltaire.

Vamos aos fatos, a queda livre do partido dos trabalhadores que, em um ano, perdeu um terço de seu eleitorado no país, apenas com a preferência de 16% dos eleitores; em dezembro de 2004, 24% dos eleitores apoiavam o partido do presidente messiânico, o índice mais elevado alcançado até que em junho, quando Roberto Jefferson acusou o PT de pagar um ¨mensalão¨ a parlamentares em troca de apoio, o índice de simpatizantes recuou para 21% e com a escalada das acusações, o percentual de eleitores petistas caiu para 19% em julho, 18% em agosto e 17% em outubro.

Ainda bem e vai cair mais, primeiro foi o desabusado anúncio do despreparado, em junho de 2004, de Conceição, o “espetáculo do crescimento”, que ninguém sabe, ninguém viu.

Em novembro, o saldo das contas do setor público mostrou uma aceleração das despesas. O superávit primário, a economia realizada pelo governo para pagar os juros que incidem sobre a dívida, recuou para 5,58% do PIB, e os gastos com juros também foram recordes: R$ 146,6 bilhões no acumulado do ano (8,28% do PIB), mas, ao fazer um balanço da economia, o sanitarista de Ribeirão Preto, o ministro da Fazenda ainda teve a cara de pau de dizer que o superávit acima da meta não comprometeu a disponibilidade para investimentos, e então entramos no Samba do Crioulo Doido, de Sérgio Porto, Stanislaw Ponte Preta, porque os gastos com juros também foram recordes: R$ 146,6 bilhões no acumulado do ano ou 8,28% do PIB.

“A queda no PIB no terceiro trimestre foi o desapontamento do ano”, disse o messiânico, sexta-feira passada, e que “a partir de agora é preciso tirar o freio da economia”, e lá vem mais desastre porque se “crescemos” fizemo-lo numa conjuntura em que a economia mundial crescia, o que será menos em 2006, porque continua a subida dos preços do petróleo e dos juros nos EUA, e apesar de o “governo do Pt” dizer o contrário, não há quem possa afirmar, mesmo em dia de Natal, que não haverá desvalorização do real e aumento dos preços internacionais do petróleo, assim como que uma das piores asneiras do messiânico foi o reconhecimento da China como “economia de mercado” e eis o resultado, os produtos chineses são a maior ameaça à indústria instalada em outros países, incluindo o Brasil.

Onde está o “sucesso” se nem na área social há o que mostrar?

¨Eu acho que 2006 será um ano extremamente vigoroso para o Brasil”, disse o messiânico, e que “os sinais todos estão colocados e a economia vai crescer muito, portanto, se a economia crescer, tudo o mais melhora. Nós vamos ser rígidos no controle da inflação porque não queremos que ela volte.¨

¨Nós vamos crescer fortemente em 2006¨, disse em entrevista a jornalistas, evitando falar em números, o sanitarista de Ribeirão Preto:
¨O quadro é muito parecido com o cenário de transição de 2003 para 2004, com alguns indicadores melhores.¨

Ai, Jesus, porque nem na área social o “governo do Pt” vai bem. Programas como o Bolsa Família, herdados de FHC e apenas unificados pelo eficiente “governo do Pt”, que aumentou de 14 para 34 o número de ministérios, com recursos que quase dobraram em três anos e que chegaram a R$ 6,5 bilhões em 2005, de fato beneficiam mais de 35 milhões de brasileiros, mas apesar do crescimento das políticas de transferência de renda, especialistas dizem que muito pouco tem sido feito para ajudar essas famílias a se desenvolver com seus próprios recursos e deixar o guarda-chuva dos programas sociais. O economista Cláudio Dedecca diz que ¨sem criar condições para que as comunidades criem renda, tenham acesso à educação e à informação, o governo vai ter que transferir renda eternamente¨.

...

*Talvani Guedes da Fonseca é jornalista, poeta e escritot norte-rio-grandense.



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