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Críticas Construtivas Se todo governante quer, por quê não?!!!

TEMA LIVRE : Ronaldo de Castro

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Eleições, heim?!!!
22/06/2001- Ronaldo de Castro*

Aqui como lá em Brasília, na luta intestina no embosteado tucanato mato-grossense pela escolha do candidato partidário ao Paiaguás (por que Paiaguás, porra, se o mais adequado seria Palácio Bororo?), é claro que a entronização no governo interessa e muito a todos os pretendentes de todo partido, inclusive os do bichado PSDB (afinal, são quatro anos na posse da chave do Tesouro estadua), mas o objetivo imediato de todo candidato e dos parlidos é a candidatura em si como instrumento técnico, embora ilícito e imoral, de arrecadação forçada e acumulação de recursos financeiros junto ao empresariado para a campanha política, que facilitam neste país redempcratizado o enriquecimento meteórico dos corifeus do partido, a começar do próprio candidato e sua competente família, “fidus achates”, lacaio, animais domésticos etc.

Ou em outras palavras: no Brasil fernandenríquista, globalizado e neoliberal, na realidade candidatura a governo proporciona o acesso à apropriação indébita das chamadas “sobras de campanha”, que em verdade sobras não são, constituem o principal. Daí a disputa feroz de todo pretendente e seu bando pela candidatura.

Tá explicado?

Na dúvida, lá vai mais chumbo: candidatura a cargo executivo (prefeito, governador, presidente) é a que tem maior empuxo ou força de barganha para extorquir dinheiro do empresariado a título de “ajuda de campanha” (designação eufemística de um verdadeiro toma-lá-dá-cá).

Mas aqui ninguém está falando nada, é o que todo mundo vê neste país depois do falecimento da última ditadura, quando a putada no poder “democrático” vem se enlambuzando toda, que não sabe comer melado ou desaprendeu de comê-lo nos vinte anos de tirania militar, em que só a elite fardada comia.

Aliás, até que falamos. E estamos falando à exatidão (ou repetimos) o que disse o evangelicamente o insígne arquiteto Oscar Niemayer Soares Filho em recente programa na TV Cultura: “Esse regime é uma merda”.

E é.

Em Mato Grosso e no Brasil as candidaturas ao governo até agora colocadas são uma merda, não só as do PSDB, mas também e principalmente.

Assim, o primeiro poder (o Econômico) terá que se acautelar ao máximo na escolha e financiamento de candidatos ao segundo poder (o Executivo), pois na eclosão de uma revolução civil já desenhada o que primeiro se estrepa é o poder real, ou seja, o primeiro.

O povo não agüenta mais a cleptocracia. E foda-se o PTB!

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

...

*Ronaldo de Arruda Castro é jornalista, poeta e membro da Academia Mato-grossense de Letras.

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