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TEMA LIVRE : Talvani Guedes da Fonseca

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O aniversário de Figueiredo
15/01/2006

Durante anos na data de hoje desloquei-me várias vezes para cumprir um solitário roteiro de fé e admiração, no dia 15 de janeiro voava de Brasília ao Rio de Janeiro, de onde, de ônibus, seguia até Petrópolis e, de táxi, descia os morros e chegava ao Sítio do Dragão, uma chácara razoavelmente montada, comprada em suaves prestações, sonho de reserva de qualquer general, só para abraçar meu amigo, o Presidente João Baptista Figueiredo, o homem que garantiu a transição do regime militar para a democracia.

“Juro fazer desse país uma democracia”, a frase é célebre, histórica, e ele o fez.

O general Ernesto Geisel, seu antecessor, já havia restabelecido a liberdade de imprensa, acabara a censura, extinguira-se a lei de greve e “habeas corpus” voltara a ter sentido com o fim do totalitário AI-5, o que, aliás, numa jogada do “bruxo” Golbery do Couto e Silva, resultou no surgimento do operário-metalúrgico, de direita desde menino, como alternativa para conter a ação operária marxista-leninista, a qual fora exterminada, e apoiado pelas centrais sindicais norte-americanas e das esquerdas européias, sempre desinformadas sobre o que se passa do lado de baixo da linha do Equador. Filho de pai morto, órfão de pai vivo pelo decreto de banimento do território nacional do General Euclides de Oliveira Figueiredo, assinado por Getúlio Vargas, meu amigo que faria anos hoje, o último presidente da república no regime militar, morreu de infarto no dia 24 de dezembro de 1999, no Rio de Janeiro.

Iniciou sua carreira Militar em 1928, primeiro lugar no concurso para o Colégio Militar de Porto Alegre, e durante toda a sua carreira militar destacou-se como um dos maiores oficiais do Exército Brasileiro. O golpe de 1964 encarregou-o de chefiar a Agência do Serviço Nacional de Informações no Rio de Janeiro e em 1974, a Diretor-Geral do SNI.

Prometeu a ¨mão estendida em conciliação¨, ao ser eleito Presidente da República pelo voto duas vezes indireto de um terço de senadores, eleitos indiretamente em seus estados, pelo mesmo processo eleitoral e nessa época em que o país parou, é bom lembrar que João Figueiredo assumiu em março de 1979 com o petróleo a 12 dólares o barril, e duas semanas depois, quando Sadam Hussein invadiu o Irã, viu subir a 38, inviabilizando qualquer projeto de governo, pois, na época, produzíamos pouco mais de 100 mil barris/dia, mas, ainda assim, ele criou os Estados de Mato Grosso do Sul e Rondônia e inaugurou, é claro, a Hidrelétrica de Itaipu, em 1984, quase no fim do mandato e após duas pontes de safena. Na área política, seus principais atos foram a anistia aos punidos pelo AI-5, extinção do bipartidarismo e o estabelecimento de reajuste salarial semestral do salário, e sem viajar muito, discursou na ONU, criticando os altos juros impostos pelos países desenvolvidos.

Era um homem simples, meu amigo. Correspondemos durante anos, conversávamos.

Não havia tristeza, rancor, mágoa.

Era um militar com o senso do dever cumprido.

Jurou fazer desse país uma democracia, e fez.

...

*Talvani Guedes da Fonseca é jornalista, escritot e poeta norte-rio-grandense.


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Comentários dos Leitores
Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.

Comentário de KAMARARA MEDEROVSK (donquixote@estadao.com.br)
Em 16/01/2006, 11h57
TOPO
Topo e a primeira ação será instalar um bom e sólido PAREDON.....

Comentário de Leitor de MT (leitormt@lettera.es)
Em 15/01/2006, 12h15
Boa época...
Lembro de meus pais quando iam às compras. Era gente assalariada, e do mercado traziam toda semana pelo menos três carrinhos completos de mantimento, isso para uma família de 10 pessoas na época (meus pais, eu e meus tios).

Havia telefone barato, meu pai tinha moto zero. Realmente, do ponto de vista econômico-familiar, muita saudade...

Apesar de eu ter crescido na esquerda-extremista, hoje sou ponderado, e extremos não cabem hoje. Bom-senso é o pendor fiel e ideal. Mão dura nos momentos certos nos falta hoje, pois se a maioria opta por 'comer cocô', disso não quero mais fazer parte.

E ainda tem gente que critica o Antonio de Oliveira Salazar ('ditador' português). Foi ele quem previu em 68 que o Brasil iria mergulhar numa dívida externa impagável. Talvez precisemos de uma mão dura dessas novamente, talvez nos moldes de Figueiredo, quem sabe?

Mederovsk, o senhor se habilita?

Chega de Lulla!

Comentário de O último (tguedesdafonseca@yahoo.com.br)
Em 15/01/2006, 10h06
Depois dele, quem?
Sarney, quem confia num homem que muda o nome de batismo?
Collor, sem comentários.
Itamar iniciou a venda do patrimônio nacional
ao entregar de graça a CSN.
Fernando Henrique, um boçal acadêmico, fatura
as esquerdas da mesma forma que seu sucessor,
esse messiânico besta, que também mudou o
nome, adotou o apelido certo, calamar.
Cala, governa, deixa de dizer e fazer m...
Viva Figueiredo, gostava mais de cheiro de
cavalo do que de cheiro de povo, porque
cavalo sabe votar, escolhe bem seus montadores,
e era belo vero velho na hípica, aos 73 anos,
rindo feito menino!
Jurou fazer, meu Presidente, e fizê-mo-la,
o senhor e o povo que, realmente, não sabe
votar.

Comentário de Arquimedes Estrázulas Pires (arquimedes.pires@brturbo.com.br)
Em 15/01/2006, 07h04
Saudade!
Dos idos tempos de João Figueiredo, Talvani!
Tempos em que havia oportunidades universalizadas para toda a sociedade brasileira, empregos em abundância, grandes obras de construção civil na hidroeletricidade, na petroquímica, nas grandes rodovias, grandes investimentos governamentais na geração de emprego e renda e a despeito de algumas obstruções às liberdades mal utilizadas, crescimento da economia e tranqüiliade social.
Muita saudade, Talvani!
Compartilho contigo esse preito a João Figueiredo, o último Presidente Militar, talvez o último Presidente.

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