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TEMA LIVRE : Talvani Guedes da Fonseca

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Ele percebeu, perderá
18/01/2006

Abençoado seja o Rio Grande do Norte, foi aqui que pela primeira vez, na última terça-feira, que o messiânico deixou no ar a dúvida: ¨Candidatura tem hora de definir. Se alguém tem pressa em definir com antecedência, que defina. Eu não tenho essa preocupação agora¨.

Ótimo, espero que S. Exª venha cá mais vezes, nosso ar purifica coração e mente, e depois do pronunciamento em rede nacional, em que ele parecia anunciar mais uma vez o tal ¨espetáculo de crescimento¨ (na China, sem dúvida) é bom lembrar algumas das que o governo messiânico aprontou, por exemplo, que a missão brasileira em força de paz da ONU até agora custou R$ 266,8 milhões, valor 5,8 vezes superior ao aplicado pelo Fundo Nacional de Segurança Pública no Rio, e que, na noite da segunda-feira, em Porto Príncipe, uma multidão cercou uma patrulha de soldados nossos, brasileiros, os quais, não fossem bem treinados, preparados, teria atirado.
O mundo sabe que, infelizmente, estamos no Haiti para ¨legalizar¨ o golpe de Estado dado lá, por George W(ar) Bush.

Vamos em frente, deixa o metalúrgico falar, ¨eu acho¨, e vamos aos fatos: o desaquecimento da economia balança o emprego na indústria, um terço das empresas programa dispensas até março, enquanto 11% planejam contratações, aponta levantamento da Fundação Getúlio Vargas. Indicada pelo corte de 45.818 vagas nas fábricas paulistas em dezembro do ano passado, a pior previsão para o mercado de trabalho desde janeiro de 1998, e o emprego industrial, já em queda, deve recuar ainda mais no primeiro trimestre de 2006, porque 32% das empresas pretendem reduzir seu número de trabalhadores e apenas 11% prevêem aumentá-lo nos primeiros três meses do ano. É o pior resultado de expectativa do emprego na indústria aferido pela pesquisa. ¨É possível que já estejamos no fundo do poço¨, diz Aloísio Campelo, responsável pela sondagem feita pela respeitável Fundação Getúlio Vargas.

E mais, os números de dezembro de 2005, divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, confirmam esse quadro: a indústria paulista demitiu 45.818 funcionários no mês, o que reduziu o nível de emprego em 2,16%. É o pior resultado desde dezembro de 2000.

A Fiesp atribui o mau desempenho à política econômica: juros altos e o câmbio desfavorável às exportações como fatores decisivos para as demissões na indústria. E não adianta comemorar a queda da inflação como resultado da ¨política econômica¨. O dólar em queda, que provocou tantas reclamações de exportadores, puxou para baixo reajustes de alimentos e insumos, e foi fator relevante para segurá-la.

Tem mais: a União gastou R$ 724,7 milhões em 2005 com compra, aluguel, abastecimento e despesas de manutenção da frota federal de carros oficiais. O valor é 24% superior ao de 2004 e cerca de 80% maior do que o de 2002 (R$ 419 milhões), último ano do governo Fernando Henrique Cardoso.
Para terminar esse comentário sobre o blablablá messiânico, o presidente da Fundação Nacional do Índio, Mércio Gomes, disse à agência Reuters que há ¨muita terra¨ para os povos indígenas no Brasil e que as reivindicações deles por novas áreas estão passando dos limites.

¨Hoje, 12,5% do território nacional, ou 1 milhão de quilômetros quadrados, estão nas mãos de 350 mil índios. O Conselho Indigenista Missionário reagiu dizendo que o governo Lula defende o agronegócio e as oligarquias rurais¨.

Até quarta-feira, leitor, e que venham outras e chegue o dia em que teremos um presidente com nome e capacidade, não um apelido, soberba da ignorância auto-elogiada.

...

*Talvani Guedes da Fonseca é jornalista, escritor e poeta norte-rio-grandense.


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Comentários dos Leitores
Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.

Comentário de tag (tguedesdafonseca@yahoo.com.br)
Em 18/01/2006, 12h29
Geografia política
O Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Bahia não o querem. Apenas São Paulo tem 32 milhões de
eleitores, e lá é onde ele está pior, só se
dá bem na demagogia dos três pratos de comida,
os quatro programas sociais de FHC, elogiados
pela Fao, que o messiânico juntou num só, o "fomiséria".
Pode juntar, desjuntar partidos o que for. O problema é ele. O povo cansou.
O rei está nuzinho da silva.

Comentário de Leitor de MT (leitormt@lettera.es)
Em 18/01/2006, 08h57
Sei não...
Se o PT fechar com o PMDB, Lulla será candidato, senão, não tem força, e como ele não quer terminar a carreira política assim, recuaria, no caso de receber um NÃO do PMDB, o que aliás, é bem possível de acontecer...

Comentário de Arquimedes Estrázulas Pires (arquimedes.pires@brturbo.com.br)
Em 18/01/2006, 08h04
Soará diferente, nos ouvidos da gente?
Getúlio Dorneles Vargas,..., Juscelino Kubistcheck de Oliveira,...,Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, Marechal Arthur da Costa e Silva,...,General João Batista Figueiredo,..., Fernando Henrique Cardoso, Lula.
Como queria Rui Barbosa, "a vida é uma sucessão de sucessos e insucessos que se sucedem sucessivamente"; faz parte.

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