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Críticas Construtivas Se todo governante quer, por quê não?!!!

TEMA LIVRE : Ronaldo de Castro

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Reflexões evangélicas
29/06/2001- Ronaldo de Castro*

No plano psícossocial, no momento o Brasil, sob FHC e em boa parte por culpa de FHC, experimenta fase de fermentação pré-revolucionária, agudizada a cada dia com o agravamento e a ampliação de problemas e o surgimento de novos. E uma hora explode, outro desfecho não há, que povo não agüenta mais a farsa governamental montada e custodiada sob a égide das novaspalavras de ordem: neoliberalismo e globalização.

Ora, globalizar não é o que se fez e se faz, com a entrega gratuita (e até financiada pelo Tesouro público) do patrimônio estratégico brasileiro ao capital especulativo internacional capitaneado pelo dinheiro verde dos Estados Unidos da Améríca, que nunca, como hoje, aplicaram com tanta força e implacabilidade a política do “big stick”.

Na realidade, globalizar é tecnologizar, adotando—se a computadorização via Int~rnet nas relações econômicas globais; globalizar é a modernização inevitável do setor “serviços”, portanto é “meio” e não “fim” em si. Mas nenhum governo nacional sério e de bom senso pode -- e nem precisa -- globalizar ou modernizar contra o povo (e aí está o crime de lesa—pátria), oferecendo o país de quatro, arreganhado, aos apetites vorazes do imperialismo famélico de lucros financeiros fáceis, que na verdade saqueia, espolia, despoja, esfola.

Aí já é traição, punhalada covarde pelas costas no sofrido e lancetado lombo do povo. Ninguém agüenta mais.

Para comprovar, basta citar os casos mais óbvios de privatização ou liquidação de empresas e instituições financeiras (bancos), privadas ou públicas, efetivadas apenas para cumprir direitinho, à risca, as ordens do patrão – FMI, Banco Mundial, Banco Interamericano e agiotas outros menos votados, mas de igual sanguessugas.

No setor estratégico de produção, transmissão e distribuição de energia elétrica, por exemplo, a privatização deu no que deu ou só no que podia dar, ou seja, deu a lógica com o racionamento do consumo e a ameaça de colapso setorial programado, o chamado “apagão”. Ou o governo não sabia que ao empresariado privado adquirente das empresas estatais de energia elétrica só interessa a distribuição, onde está o lucro, considerando—se que a produção demanda vultosos investimentos de longo prazo só realizáveis por governos nacionais?

Ao fim e ao cabo, como ponto positivo dessa negociata resta o fato de que o racionamento e o possível “apagão”, ao lado da cleptocracia imperante, representam o fim melancólico de Fernando Henrique Apagão Cardoso, cujo governo, na prática, acabou antes do prazo legal. Foi pro pau sem ‘impeacbment”, que poderá até ser formalizado, mas que já foi, foi.

PS 1 -- O emprego supra do termo “imperialismo” é intencional, cons-ciente, que o imperialismo, no seu significado marxista-leninista, não acabou, como apregoam os lacaios do capital chupa-sangue, apenas foi modernizado como tudo no mundo e, neste caso específico, com a incorporação de novas técnicas de exploração e escravização das nações menos ou mais pobres e fracas. Do antigo colonialismo monárquico chegou-se ao imperialismo e deste à globalização, nominações diferentes relativas a épocas ou estágios de desenvolvimento científico e tecnológico, mas todas provenientes e designativas de uma base comum, que continua a mesma: a exploração do homem pelo homem.

Da mesma forma, o estulto, hoje, associa o desmembramernto da ex-União Soviética e o retrocesso de seu sistema político ao fim do socialismo no mundo, o que não passa de heresia inominável.

A “débâcle” da URSS foi normal, conseqüência de duas causas principais interligadas: a corrida armamentista e os privilégios da burocracia. Ou seja: a ditadura do proletariado, sistema político inaugural da produção econômica socialista no mundo contemporâneo, teve que destinar, para sobreviver diante do cerco armado das nações capitalistas, parte ponderável da receita nacional à produção de armamento nuclear e à organização de um exército profissional de primeira linha, imbatível, impondo paralelamente à população, ao lado da garantia de benefícios sociais inéditos na história dos povos, pesados sacrifícios quanto à qualidade de vida, enquanto a burocracia dirigente tinha acesso crescente a regalias e mordomias. Nessas condições, o tropeço era previsível, mas é parcial e transitório, não significando o fim do socialismo. Foi um tropeço. Só.

Com efeito, as notas técnicas ou “meios” de época ditadas pela modernização não detêm poder para obstaculizar a evolução do planeta rumo à socialização global da economia e Karl Marx nunca esteve tão vivo, hoje estudado e respeitado como matéria curricular em todas as Universidades do mundo. Ninguém até agora tentou ou logrou desmenti-lo nos seus fundamentos científicos, que marxismo é ciência, não doutrina política.

E o que todos devem saber, neste começo cronológico de novo milênio, é da impossibilidade real de interrupção do processo evolutivo da humanidade, que a pequenina Terra, mais noje, mais amanhã, será ine-vitavelmente socialista, irmã, solidária, igual para todos, inclusive aos animais inferiores, ditos irracionais, e à vida latente nos reinos vegetal e mineral.

É isso aí, bugrada. Não há por que e nem por onde fugir. É isso aí e pronto.

PS – Falamos também, “ab initio”, vive a nação em estado de efervescência pré-revolucionária, o que pode parecer exagero aos proxenetas do poder burguês e/ou aos ideólogos do medo e da subserviência, incapazes da compreensão de que, agora com os novos “meios” proporcionados pela modernização, continuam as mesmas, na base, as relações de produção econômica via exploração do homem pelo homem. E este, o caráter das relações de produção, tem sido a determinante de todas as revoluções na história da humanidade (e continua sendo), empregando-se aqui o vocábulo “revolução” como transformação ou salto evolutivo da realidade econômico-social. Porque os avanços da ciência e da tecnologia, por si mesnos, não melhoram nem pioram as pessoas e as sociedades humanas, apenas proporcionam novos instrumentos de trabalho e luta entre explorados e exploradores pela transformação da base econômico-social.

Neste sentido, não só o Brasil, mas o planeta como um todo vive situação pré-revolucionária com a chegada da grande transformação, em que a humanização da economia substituirá a economia de guerra. Será a chegada do socialismo, a “intelligentsia” o sabe, que o capitalismo mundial, sob a falsa aparência de fastígio, passa em verdade pe-la fase agônica de esgotamento e extinção. São mais do que evidentes, claros, morfogênicos, os sinais de que a humanidade terrícola não mais aceita regime de exploração do homem pelo homem.

Aliás, mais uma vez o velho Marx identificou tudo isso há mais de século. Quando as relações de produção – escreveu -- se transformam em obstáculos ao desenvolvimento das forças produtivas, inicia-se um período de Revolução Social. Está, entre outras referências, no prefácio de seu livro “Contribuição à Crítica da Economia Política”.

PS 3 -- Quanto ao Brasil, é essa merda a que está reduzido pelo governo do sociólogo Fernando Henrique Apagão Cardoso. E sociólogo que institucionaliza merda é sociólogo de merda, intelectual de circunstância, de fachada.
E vale repetir: na prática, o governo FHC acabou. Sofreu apagão.

Esclareça-se: a corrupção geral e irrestrita ou a cleptocracia brasileira não foi inventada por Fernando Henrique Apagão Cardoso, só que ele, ao invés de seus predecessores, não podia praticá-la ou aceitá-la em face de seu discurso de candidato (dele e de seu partido, um tal PSDB) e do que dele esperava o povo. Afinal, eleito foi com a proposição de moralidade e competência, uma postura alheia e até contrária à privança com a agiotagem internacional especulativa.

...

*Ronaldo de Arruda Castro é poeta, jornalista e membro da Academia Mato-grossense de Letras.

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