CURTO & GROSSO

Edição de 02/05/2010

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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Comentários dos Leitores
Os textos dos leitores são apresentados na ordem decrescente de data. As opiniões aqui reproduzidas não expressam necessariamente a opinião do site, sendo de responsabilidade de seus autores.

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O detalhe pode parecer tênue no jogo eleitoral, mas fornece pistas para o deslocamento das peças no tabuleiro do pleito. Se alguém, de maneira abrupta, pinçar do colete a informação de que as balzaquianas poderão decidir o destino da campanha presidencial deste ano, não será levado a sério ou, com certa boa vontade da audiência, passará por questionamentos.

Pois bem, as mulheres, especialmente as de 35 anos ou um pouco mais, consagradas na literatura por Honoré de Balzac, por meio do clássico "A Mulher de 30 anos", constituem hoje 30,3% do eleitorado brasileiro.

Maduras, realistas e vividas, as balzaquianas -- termo não mais pejorativo --, com senso crítico, firmeza e capacidade realizadora, serão o passaporte para o ingresso dos candidatos no coração e na mente do eleitor.

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Cada vez melhores e mais baratas, as LCDs -- telas de cristal líquido -- dominam o mercado mundial de televisores. Quando comparadas às TVs de plasma, as LCDs costumam levar vantagem nos quesitos brilho da imagem, reflexo da luz ambiente, consumo de energia, peso, espessura e oferta em tamanhos pequenos.

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Há poucos dias, a vitória de Fernando Lugo completou dois anos. Previa-se que ele teria muitos problemas para governar um país dominado pelo Partido Colorado nos último 60 anos.

Entretanto, ninguém previu que sua principal dor de cabeça seria um minúsculo e curioso grupo de guerrilheiros denominado Exército do Povo Paraguaio.

Rebeldes do EPP teriam sido seminaristas na época em que o presidente era bispo; mas ao tornar o grupo o maior inimigo do Estado, ele afasta o risco de sofrer impeachment.

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Em alguns casos, a meta estabelecida para 2010 é 70% maior do que todos os benefícios distribuídos em anos anteriores e atinge um contingente de "segurados" equivalente ao total de eleitores dos Estados de Alagoas e Sergipe.

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O Brasil conhecerá nesse domingo os campeões estaduais Paulista, Mineiro, Gaúcho, Baiano, Cearense, Goiano e Catarinense.

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Época de campanha eleitoral é propícia à demagogia. Pode servir também para a construção de um país melhor, se os líderes políticos tiverem grandeza.

O embate entre PSDB e PT já dura 17 anos, desde o governo Itamar, quando iniciamos o Plano Real. É tempo de reavaliar as diferenças e críticas recíprocas.

Os mais destacados economistas do PT daquela época, Maria da Conceição Tavares, Paul Singer e Aloizio Mercadante, martelaram a tecla de que se tratava de jogada eleitoreira.

Não quiseram ver que se tratava de um esforço sério de reconstrução nacional, que aproveitou uma oportunidade de ouro para inovar práticas de gestão pública e dar outro rumo ao País.

Como tampouco haviam visto que, por mais atribulada que tivesse sido a abertura da economia, sem ela estaríamos condenados à irrelevância num mundo que se globalizava.

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Com a lentidão na execução dos programas do governo, embora haja recursos para investimentos, os índices de atendimento da população continuarão ruins. Atualmente, 40 milhões de brasileiros não têm acesso à água potável. Mais de 100 milhões não dispõem de sistema de coleta de esgotos.

Se os investimentos forem feitos no ritmo observado atualmente, a universalização do sistema de coleta de esgotos só será alcançada dentro de 66 anos. E a meta do milênio, fixada pela ONU, de atendimento de 70% da população em 2015, só será cumprida em 2050.

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Para quem vai ficar com a TV aberta, duas emissoras -- Bandeirantes e Globo -- pretendem fazer a transmissão em alta definição para as localidades onde há o sinal digital.

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Um verdadeiro clube dentro de casa!





Fotos ilustrativas

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Quando o cientista político Rogério Bastos Arantes (foto) -- professor do departamento de Ciência Política da USP -- decidiu, em um trabalho inédito, construir um banco de dados para analisar 600 operações da Polícia Federal ocorridas entre 2003 e 2008, ele esperava conhecer a ação do Estado contra a corrupção e o crime organizado no País. O que acabou conhecendo melhor, conta ele, foi outra coisa: como o crime organizado e a corrupção são dependentes do Estado.

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Na cabulosa compra milionária de equipamento rodante para os municípios -- e que já virou caso de polícia -- estão atolados, até o talo, o ex-secretário-chefe da Casa Civil, agora coronel Eumar Novacki -- que propagandeou a crianção, digo, criação de uma certa (?) "força-tarefa" para evitar exatamente este tipo de lambança e falhou, fragorosamente, no primeiro "teste da farinha"...

...O ex-secretário de Fazenda, Éder Moraes Dias, atualmente na Casa Civil, que não tem nada a ver com o peixe, segundo o governador Silval Barbosa -- tanto "não tem" que procurou a empresa Extra Veículos e, muito provavelmente, todas as outras fornecedoras, para, estranhamente -- e bota "estranhamente" nisto! -- exigir a devolução de apenas um 1/4 ou 25% do total supostamente pago a maior...

...O (ainda?!!!) secretário de Administração, Geraldo de Vitto, que conduziu a compra de 705 máquinas pelo preço da unidade no balcão, sem chorar por um descontinho básico -- coisa que certamente não faria no Grupo Amaggi, de quem é funcionário licenciado, sob pena de ser sumariamente demitido por Soja Majestade...

...E o único demitido até o momento, o agora ex-secretário de Infra-estrutura, Vilceu Marchetti, que, ao anunciar a própria demissão, sintomaticamente, se ofereceu para ser o "carregador de pasta" do candidato ao Senado Blairo Maggi e do governador Silval Barbosa.

Também têm muito o que explicar o Procurador Geral do Estado, que deveria zelar para que o edital de compra não desse margem para nenhum tipo de ti-ti-ti...

...E a Auditoria Geral do Estado, que, por dever de ofício, deveria acompanhar todas as fases do processo e não o fez, pelo que revelou o ex-governador Blairo Maggi, que diz ter acionado a AGE, somente "depois" que recebeu uma "denúncia anônima".

Meu ex-Rei também tem culpa do cartório -- a exemplo do que ocorreu com o megaconcurso-açu que não foi pro Guinness, mas foi pro buque --, no mínimo, por não cobrar informações diárias acerca do andamento de uma concorrência de tal vulto: 250 milhões de reais.

A bem da verdade, ressalte-se que o governador-tampax, digo, tampão, Silval Barbosa, foi mantido alheio a todos os procedimentos, mas agora terá que segurar o tchico, digo, o mico -- herda-se o bônus e o ônus, sacumé.

Como todos são brancos, logo-logo, eles se entendem -- por supuesto. Até porque há muito dinheiro e prestígio político-eleitoral em jogo. E a "valorosa" e fornecedores de opinião pré-pagos estão aí para isto mesmo: vender uma versão açucarada da "solução" do "pobrema" -- e não se fala mais nisto...

Porém -- sempre tem um "porém" -- tem coisa que não dá para esconder -- não por muito tempo, se tudo for levado a sério e conduzido com o rigor que a sociedade mato-grossense espera.

Os equipamentos ficaram expostos na principal avenida da Capital por longos 90 dias e é literalmente impossível que ninguém tenha sido escalado para verificar se o governo estava comprando, pagando, recebendo e repassando gato por lebre.

Que ninguém do governo -- nem da tal "força-tarefa", nem da SAD, nem da Sinfra, nem da Procuradoria, nem da Auditoria Geral tenha reparado que, além da espessura das caçambas dos caminhões basculantes -- bem mais finas que o especificado no edital, conforme já adiantamos...

...Que ninguém não tenha reparado, ainda, que praticamente todos os pneus -- e são milhares em 705 máquinas -- que deveriam ser os mesmos, de primeiríssima linha, que saem das montadoras, foram substituídos por outros de procedência chinesa, bem mais baratos e que o mesmo aconteceu com os pistões hidráulicos e mangueiras de alta pressão que acionam as caçambas metálicas e braços mecânicos, também de qualidade muitíssimo inferior e de vida útil bem mais reduzida...

...E que a única preocupação foi a de verificar se os equipamentos estavam marcialmente perfilados para sair bonito no "Fantástico", para comemorar mais um recorde.

Pode-se até alegar que os jogos de pneus foram trocados depois da entrega aos municípios -- basta uma macaco "chicão" para fazer isto, em qualquer beira de estrada -- ou seja, que foram substituídos "depois" e não "antes" da entrega.

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