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Cuiabá MT, 24/09/2024
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Curto&Grosso O que ainda será manchete

HOJE NA HISTÓRIA

06 de Novembro -

1796

Assume a administração da capitania de Mato Grosso o governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro, nomeado por C. R. de 18 de setembro de 1795.

Nascido em 1759, na quinta da Boa-Vista, conselho de Paiva (Portugal), foram seus pais o fidalgo escudeiro da casa real Bernardo José Pinto de Miranda Montenegro e D. Antônia Mathilde Leite Pereira de Bulhões, ambos naturais de Lamego.

Matriculando-se na universidade de Coimbra, recebeu nesse instituto de ensino superior o grau de doutor em direito. Logo após a sua formatura, menciona Vasconcellos Galvão, do Dicionário Chorográfico, Histórico e Estatístico de Pernambuco: foi Miranda Montenegro apresentado ao ministro Murtinho de Mello e Castro por D. Catharina Balsemão, senhora de grande valimento na corte, que solicitou para o seu recomendado a nomeação de governador de Mato Grosso.

“O ministro, porém, encontrando-o doutor, em vez de um militar, o propôs para o cargo de intendente com a sua profissão, o que foi aceito, apesar do desagrado de D. Catharina contra o ministro."

Veio o nomeado para o Rio de Janeiro, e a curto tempo malquistou-se com o conde do Lavradio, vice-rei do Brasil, que dirigiu contra seu subordinado representações para a corte.

D. Catharina, que a esse tempo tinha seu marido no ministério, vinga-se do vice-rei, remetendo a seu afilhado a patente de governador e capitão-general de Mato Grosso, e pouco depois o titulo de conselheiro.

Assim, embora doutor, em vez de militar, a sua ação em Mato Grosso teve, por circunstância da ocasião, de ser principalmente voltada para assuntos militares, pela necessidade de colocar a capitania em condições de defesa contra os seus confinantes.

Nessa conformidade, e na mais chegada harmonia com Ricardo Franco de Almeida Serra, aparelhou o forte de Coimbra para uma resistência vantajosa, fazendo, ao mesmo tempo, guarnecer a fronteira ocidental com a tropa disponível.

Tais medidas, e outras que visavam o mesmo fim, mostraram que ao espírito inteligente do governador não passavam desapercebidas as mutações do cenário político do velho mundo, cuja repercussão na América não se faria tardar. E, de fato, não tardou, sendo uma das suas manifestações o ataque a Coimbra em setembro de 1801, aliás, com insucesso para as armas espanholas.

A 6 de junho de 1803, recebeu Miranda Montenegro a participação oficial da sua transferência para a capitania de Pernambuco, e a 22 de agosto seguiu por terra para a cidade de Recife, onde chegou a 22 de maio de 1804, após um percurso de 870 léguas.

À frente do governo de Mato Grosso, portanto, demorou-se por espaço de quase sete anos, e administrou com honestidade e Inteligência, podendo-se apontar como obra de sua iniciativa, a fundação do presídio de Miranda, donde originou-se a vila do mesmo nome e a reedificação do forte de Coimbra. Entre as idéias que formavam parte do seu programa de governo encontrava-se incluída a mudança da capital, de Vila Bela para Cuiabá ou Vila Maria, e de preferência para esta última, pelos motivos que se apontava, aliás fundamentados e ainda subsistentes. Essa medida, porém, ele a tornava dependente desta condicional — "depois de concluído o negócio da demarcação dos limites.”

Em Pernambuco não governou Miranda Montenegro com igual solicitude, como se colhe do juízo que a seu respeito formula o Dr. Vasconcellos Galvão, “mas com muita probidade e honradez, distribuindo justiça a todos com igualdade, não o dominando ódio nem paixões”.

Colhido pela revolução pernambucana de 1817, foi em conseqüência enviado debaixo de prisão para o Rio de Janeiro. Recolhendo-se à vida privada depois de tal fato, tornou à atividade política por ocasião das lutas da independência, ao lado dos dirigentes de movimento separatista e, proclamada a independência, apresentou-se a disputar a cadeira de senador pela província de Mato Grosso, sendo o seu nome acolhido com agrado e incluído na lista votada para aquele fim, a 20 de outubro de 1824. Escolhido por D. Pedro I, a 22 de janeiro de 1828, já então agraciado com o título de visconde da Vila Real da Praia Grande, a 4 de maio tomava assento no senado, vindo a falecer no Rio de Janeiro, a 11 de janeiro de 1827, elevado à dignidade de marquês, e acha-se sepultado na Igreja do convento de Santo Antônio.

Teve por substituto na representação nacional, pela província de Mato Grosso, o tenente-coronel José Saturnino da Costa Pereira.

1804

De volta de uma diligência à província espanhola de Chiquitos, falece o capitão Francisco Rodrigues do Prado. Nascido em S. Paulo, desde anos vinha prestando bons serviços à capitania de Mato Grosso, quer no comando do forte de Coimbra, quer como comandante do presídio de Míranda, que fundou por ordem do Governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro.

Homem de inteligência esclarecida e de valor militar comprovado, deixou sob tais aspectos irrefutável documentação. Atacado o forte de Coimbra em 1801, em Janeiro do ano seguinte o então tenente Rodrigues do Prado, à frente de 54 soldados, ataca por sua vez o forte espanhol de S. José, o qual, embora guarnecido com 114 homens, ao comando de D. Juan Caballero, teve que render-se à discrição.

Observador atento das cousas que o cercava, deixou um precioso estudo sobre o índios guaicurus, que foi traduzido e publicado em 1819, nos Nouveaux Annales des Voyages e reproduzido em vernáculo na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

1898

Aparece em Cuiabá o jornal O Filhote, de pequeno formato e de feição humorística. Circulou por tempo curto.

  

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