CURTO & GROSSO

Edição de 08/05/2012

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

Segundo relato do saite "MidiaNews", no julgamento presidido pelo desembargador Rui Ramos, a maioria dos juízes acompanhou o voto do relator, Gerson Ferreira Paes, e absolveu o chefe do Executivo e seu vice das acusações de uso da máquina pública na campanha de 2010. Foram cinco votos a favor -- dos juízes Sebastião Arruda, Samuel Frando Dália Júnior, André Pozzeti e Francisco Mendes -- e um pedido de vistas, do juiz federal Pedro Francisco.

Previsível a manchete de amanhão do jornal do grupo Gazeta&Planeta: "Mauro Mendes perde o segundo turno, também no tapetão" -- of course.

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O acidente aconteceu próximo a Piranhas, na região de Doverlândia, próximo à divisa com Mato Grosso, após a reconstituição do crime. Confirmação foi dada pelo Corpo de Bombeiros na tarde desta terça-feira. Segundo a corporação, morreram na queda o autor da chacina, Aparecido Souza Alves, 22 anos, o piloto, dois peritos e quatro delegados.

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É norma em todos os governos -- federal, estaduais e municipais: a pasta da Fazenda é ocupada por uma pessoa da extrema confiança do governante, que pode até lotear o cargo de primeiro-dama, menos este.

Pelos relevantes serviços prestados, o homem do cofre é presenteado, depois, com um cargo de diretoria em empresas ligadas ao ex-bambambam e/ou, então, mimado com um cargo vitalício no Tribunal de Contas.

Em Mato Grosso, não é diferente. Por outra, não era, porque o agora mega-senador-bialoprado-açu quebrou mais este "paradigma", deixando a ver navios o senhor Éder Moraes Dias, ex-todo poderoso secretário de Fazenda e ex-multicoisas do "congromelado" Ageporca/Semcopa.

Uma baita sacanagem, convenhamos, porque se trata -- na modesta avaliação do próprio suplicante, of course -- de um ser preparadíssimo e até inúmeras vezes convidado para dirigir poderosos bancos internacionais, para ocupar altos cargos em Brasília e até cotado para, nos própximos dois anos, presidir a FMF primeiro, a CBF logo depois e, enfim, a companheira Fifa.

Porém -- sempre tem um "porém" -- o máximo que conseguiu até agora é a promessa de virar apresentador-telecandidato de uma rede estadual de TV, a Cidade Verde, para comandar um maravilhoso programa modelito Henry Maksoud -- daqueles que o ilustre "entrevistado" se limita a ouvir as opiniões do não menos ilustre e ilustrado "entrevistador".

O projeto do neo-telecandidato-putativo é cavar uma candidatura na eleição de 2014, preferencialmente ao Senado -- daí a decisão de não se desfiliar do Partido Nada Repúblicano -- ou, à Câmara Federal se for este o "chamamento das bases" ou, no mínimo minimorum, à Assembléia Legislativa, para ser o presidente, claro. Essa história de ser vereador não lhe apetece nem um pouco, pois imagina que nasceu predestinado e se julga preparado para voar alto, além do que a Câmara Municipal -- mesmo após sucessivas reformas e ampliações -- é pequena demais para acomodar tamanha vaidade.

Entre um programa e outro vai dar seus pitacos na administração do grupo de comunicação -- uma função, pelo patrasmente, de comprovado alto risco -- algo bem distante do sonho de ser premiado por Soja Majestade com o cargo de CEO -- Chief Executive Officer, na sigla em "americano" -- algo equivalente ao de diretor-geral do grupo Amaggi e seus tentáculos por este Brasilzão e por este mundão afora.

Estranha, muito estranha também esta "quebra de paradigmas", este chega-pra-lá do menininho mimadinho do rio Bostinha em seu ex-secretário de Fazenda, principalmente porque ajudou o grupo empresarial do "tchefe" -- é o que repetia pelos bares da vida -- "várias vezes".

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O mercado, essa entidade sem corpo nem alma, mas com um comportamento antropomórfico, como era de se esperar, ficou nervoso com a eleição do socialista François Hollande, para a presidência da França.

Hollande venceu com discurso antiausteridade e sua eleição, num país-chave da União Europeia, trará consequências econômicas inevitáveis para a região.

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A defesa minimiza, faz parte do show; o Ministério Público Eleitoral potencializa, também faz parte, porém -- sempre tem um "porém" -- o fato é que o julgamento do "Caso Empaer" está tirando o sossego de muita gente de bens, a começar do esse-lentissimo governador Silval Cunha Barbosa e seu vice, Chico Daltro, acusados de utilizar a máquina pública em proveito eleitoral próprio na campanha de 2010.

Preocupadíssima está não apenas a dupla dinâmica, claro, porque se ambos forem cassados e convocadas novas eleições em trinta dias, rodam também todos os secretários e respectivos aspones -- uma mega-faxina-açu e tanto no primeiro e segundo escalões do governo estadual.

O melhor -- sem aspas -- de tudo: todas as despesas do Tribunal Regional Eleitoral com o novo pleito deverão ser cobertas pelos acusados, se considerados culpados.

Embora uma parcela ponderável do e-leitorado acredite que o julgamento desta terça acabe procrastinado, via pedido de vista, particularmente, este pobre marquês -- que não é de arrodear toco -- na condição de cidadão-eleitor-contribuinte, torce fervorosamente por um final "republicano", vamos traduzir assim, pelas razões expostas ontem aqui em evangelical parecer...

...Até porque a administração do Estado não será paralisada -- já virou uma múmia paralítica faz hora -- e, além do que, é votando que se aprende.

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Cuiabá será enredo do carnaval carioca em 2013 ... A parte do custo a ser viabilizada, é de R$ 1,6 milhão junto aos Poderes Públicos - informa reportagem do jornal daquele grupo de comunicação que já levantou R$ 1,6 mi a título de "legado antecipado" da Copa -- coincidentemente, o mesmíssimo valor que esse-lentíssimo governador vai torrar à toa com mais essa bobagem.

A bugrada pula miudinho para conseguir atendimento na rede estadual de saúde, para arranjar vaga no pior sistema de ensino público do País -- tem lugar onde as aulas deste ano nem começaram -- e quando sai não tem a certeza de que irá voltar vivo para casa, por conta da violência desembestada.

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Segundo cálculo feito pela Folha de S.Paulo com base em informações das federações, o encalhe médio de ingressos no domingo foi de 28,5%.

E a tendência é de queda. A presença de público nos quatro principais torneios estaduais -- São Paulo, Rio, Minas Gerais e Rio Grande do Sul -- caiu muito nas três últimas decisões de título.

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O País não pode ser dividido em "esquerda e direita", nem em corrupção e honestidade. Esta CPI que raia no sujo horizonte vai nos mostrar mais que essas dualidades simplistas.

(Demóstenes foi um exemplo de perigosa "ambivalência"; ladrões mais coerentes e sólidos se escandalizaram. Há no ódio a Demóstenes uma crítica velada a seu "amadorismo".)

Veremos um desfile de perversões políticas e até sexuais que traçam um retrato mais complexo do País. Esquerda e direita dividiam um mundo linear e óbvio. A esquerda achava que era sujeito da História, mas a Direita sempre soube que a História não tem sujeito; só "objeto" -- o lucro.

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É cada vez maior o risco de um vexame nacional na Copa do Mundo - e não por causa do desempenho da equipe brasileira. As informações mais recentes sobre o andamento dos projetos não permitem outra conclusão.

Quem se dispuser a vir ao Brasil para acompanhar os jogos terá de enfrentar aeroportos despreparados para um tráfego mais intenso de passageiros, cidades congestionadas e sistemas de transporte urbano inapropriados para metrópoles modernas. O governo terá de correr muito para garantir a conclusão a tempo das obras necessárias.

Se não conseguir desemperrar em pouco tempo os investimentos programados, ainda acabará pagando muito mais que os valores atualmente orçados, porque não terá outro meio de compensar o tempo perdido.

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