CURTO & GROSSO

Edição de 25/10/2016

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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Candidato chapa-branca, no debate-boca na TV do grupo Gazeta&Planeta do último domingo, 23, apresentou uma denúncia do balacobaco contra o adversário, Emanuel Pinheiro, parecidíssima com as reportagens policiais de Gil Gomes no extinto "Aqui Agora", do SBT.

Dessas, de tão enroladas, de tão mal-contadas, de tão mal-ajambradas, que lá pelas tantas aparece um personagem que nunca tinha entrado na história, assim como o "J. Pinto Fernandes" do delicioso poema "Quadrilha" de Carlos Drummond de Andrade.

W$ apresentou gravação que, segundo ele, fez em sua casa, um mês atrás, 24 de setembro, entre um "homem" -- que só pode ser o próprio hominho porcaria, em carne viva -- do contrário fica a impressão de que lá é um entra-e-sai -- e uma certa Bárbara.

Esta senhora distraidíssima, pelo que consta na transcrição, "nem imaginava" que sua irmã Fabíola era casada com Marco Polo Pinheiro, o Popó, irmão de "Nenéo", que entram em cena para contar um rocambolesco caso de suborno, que até VEJA "prantxô de banda".

Pelo relato do contador de estórias, Fabíola temia ser presa, se o malfeito de 2014, no valor de 4 milhões de reais, envolvendo uma processadora de alimentos com sede em São Paulo, presente em vários Estados, viesse à tona no horário eleitoral.

Tá mais que na cara que a jogadinha tem por objetivo minimizar o dano causado pelo terrorismo de Estado praticado pelo ex-presidente da Metamat, o "Jacaré do Papo-Furado", contra comissionados para escovar o ego do plantonista no Paiaguás, sob pena de demissão.

Aqui cabem duas indagações -- sacumé, perguntar não ofende. Por que o casal procurou o candidato de Pedro Taques para abafar a lambança? Por recomendação de algum distinto cliente que ficara alegre e satisfeito com seus relevantes serviços no "qüesito"?

Mais dúvidas: Por que esperou exatamente um mês para revelar algo de errado que sabia, prejudicial ao Erário, faltando menos de uma semana para o segundo turno, se podia tê-lo feito antes do primeiro? Recebeu orientação de ente superior metido a marqueteiro em botão?

Sintomaticamente, o Esse-Lentíssimo mostrou suspeitos dotes premonitórios assim que terminou o trololó: dizendo-se surpreso e chocado, adiantou que no dia seguinte (ontem à tarde), seu teleguiado apresentaria detalhes em entrevista à imprensa.

Por "detalhes", entenda-se um baita catatau de umas trocentas páginas, ou seja, o guia genial da tucanalha dá toda pinta de que estava tudo industriado, pois o tal molha-mão já era objeto de investigação na Procuradoria Geral do Estado.

Se sabia, é cúmplice da armação político-eleitoreira. Se não, cai por terra seu maior orgulho: a fama de centralizador meticuloso que não deixa absolutamente nada envolvendo dinheiro público passar batido. Em ambas as hipóteses, o curioso bípede prevaricou.

O legítimo tango-africano -- ou afrodescendente, como queiram -- não para por aí. Também ontem, surgiu outro implicado: um promotor de Justiça cujo nome completo o acusador não sabe, apenas o prenome -- meio caminho andando para destruir reputação.

Não se espante minha queridíssima comadre, estimado compadre, fiel e-leitora, zeloso e-leitor -- autoridades civis, militares, eclesiásticas, mais pessoas gradas e pooovo em geral, se em meio a tanta contradição, lá adiante, se der merda, um delata o outro e vice-versa. Se merecem.

Desde o início do atual des-governo estamos com um pé atrás com relação ao "bolivarianismo bororo" do senhor José Pedro Gonçalves Taques -- confira aqui. E seus atos subsequentes reforçaram nossa desconfiança acerca de sua tendência de tiranete.

O pior é que seu mal é contagioso. O caloteiro praticante, por exemplo, é taxativo na "qüestã" da água. Anuncia que vai dar a Sanecap à Sabesp, como se a companhia fosse sua propriedade e que a população e a Câmara Municipal têm mais é que engolir a "catrafua" e não bufar.

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Comentários dos Leitores
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Diante da iminência de ter de esclarecer, sob juramento, por que recebeu tantos favores de amigos empreiteiros e por que, sob seu governo, nasceu e floresceu o maior esquema de corrupção da história do País, o chefão petista, na falta de uma resposta plausível a essas questões, pretende convencer o País de que seu caso é parte de um ataque generalizado às “conquistas sociais” que o período petista supostamente protagonizou.

Ou seja, Lula quer ser visto não como um cidadão com direitos e deveres como todos os demais brasileiros, e sim como a encarnação dos pobres em geral, de modo que obrigá-lo a prestar contas à Justiça seria o equivalente a criminalizar os menos favorecidos.

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A braçadeira de capitão sempre caiu bem nele. Porte esguio, olhar penetrante, personalidade marcante. Não tinha jogador que não ouvisse com atenção suas observações, seus conselhos ou, na pior das hipóteses, suas broncas. Nem Pelé escapava. Morreu nesta terça-feira, aos 72 anos, Carlos Alberto Torres. O homem que beijou e levantou a Jules Rimet em 1970.

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A retórica violenta do presidente do Senado Renan Calheiros, chamando o ministro da Justiça Alexandre Moraes de “chefete de polícia”, e o juiz que autorizou a ação da Polícia Federal contra a Polícia Legislativa do Senado de “juizeco de primeira instância”, inaugura uma nova fase na disputa de espaço político entre o Legislativo e os integrantes da Operação Lava-Jato.

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Não sei se vocês repararam, mas petistas e tucanos parecem estar falando exatamente a mesma língua quando se trata de (criticar a...) Operação Lava Jato.

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