CURTO & GROSSO

Edição de 05/11/2016

Marcos Antonio Moreira - fazperereca@yahoo.com.br

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O empresário Chico Galindo -- sócio-proprietário da UNIC e prefeito de Cuiabá no período de 30 de março de 2010 a 31 de dezembro de 2012 -- amargou um longo ostracismo, após deixar o Palácio Alencastro, sede da Prefeitura Municipal de Cuiabá, cargo que assumiu com a renúncia do titular, na metade do segundo mandato, para disputar e perder feio -- foi o terceiro colocado -- o governo do Estado.

Nesta campanha Chiquinho voltou a ser lembrado pelo antecessor, que sem descer a detalhes -- é safado, não burro -- novamente candidato ao posto que abandonou, apesar de todas as juras. Aliás, desta feita registrou em cartório o compromisso de ficar até o fim, só que o eleitor não acreditou e o elemento sucumbiu ao peso da fama de mentiroso militante, caloteiro praticante e incurável farsante.

Registre-se que, na condição de prefeito e vice, formaram uma bela dupla de ataque, em razão de acordos financeiros ainda durante a formação da dobradinha PSDB/PTB, em 2008, pleito em que o hoje grupo Kroton bancou praticamente toda as despesas de campanha, posto que nenhum tucano em pleno uso e gozo de suas faculdades mentais aposta um pequi roído em hominho tão porcaria.

O preço é o que de mamando a caducando todo mundo sabe: metade do mandato e a injeção de recursos na citada escola de ensino superior, via "Bolsa Universitária". A FUFU, federal, não cobra nada; a Unemat, estadual, idem -- só têm cota -- além desta não ter campus nestas Minas da Villa Real de São Bão, ou seja, aos alunos do tal "Cuiabá-Vest" só resta um caminho: o estabelecimento dos Galindo.

Digamos que até então ambos se toleravam, porém a maionese começou a desandar por conta da privatização da SaneCap. Intra-muros, W$ "rateava" que CG jogava timbó na água a fim de procrastinar a venda da empresa de saneamento e contava com esse dinheiro para bancar sua frustrada tentativa de chegar ao Paiaguás. O vice, nem aí pra véia Chica, concretizou o negócio. Daí a mágoa.

Aquilo ficou atravessado em sua garganta, mas surtou ao verificar que entre os maiores doadores individuais da campanha de seu adversário deputado Nenéo Pinheiro -- que escolheu um petebista de gloriosas jornadas cívicas e etílicas, Niuan Ribeiro --, constava o nome daquele ser ingrato que saiu, vamos dizer assim, levemente corrido de Presidente Prudente, antes de sentar praça na Beira-Rio.

É claro que industriou e não fez segredo da forma com que pretendia compensar o prejuízo: entregar, "no primeiro dia", a companhia de água e esgoto à Sabesp, quié uma estatal do governo de São Paulo, controlada pela tucanalha, como se se tratasse de uma propriedade particular sua, o que denota o apreço que tem pela Câmara, até segundo aviso, a única instância legal para decidir isto.

Considerando-se que sob o controle acionário do município a empresa está habilitada a receber dinheiro da União a Fundo Perdido; considerando-se, ainda, que a Sabesp está apta a idêntico tratamento; considerando-se que não é pecado nem está e nunca foi proibido imaginar que os emboadas vão pegar e ficar com a grana pra eles -- sem mais considerandos, claro -- foda-se o pooovo cuiabano!

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Atribui-se a Lênin, dentro da estratégia de agitação e propaganda comunista, a seguinte incitação à militância: "Acuse-os do que você faz; xingue-os do que você é".

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Em sua primeira manifestação depois do atropelamento eleitoral sofrido pelo seu partido, o ex-presidente Lula mostrou que não aprendeu nada com a derrota.

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