Sempre que ocupantes de cargos no Executivo – prefeitos, governadores, presidentes – espanam a rosca, a título de indulgência, seus áulicos alegam que o elemento é bão pracarái, só que "mal assessorado". Ora, não foi o indigitado quem recrutou sua organização criminosa, digo, "aspones"?
Cá na terrinha não é diferente o trato dispensado aos Esses-Lentíssimos Senhores Doutores Prefeito Emanuel Pinheiro e ao governador José Pedro Gonçalves Taques – ambos com autonomia de voo de galinha ou fôlego de cavalo paraguaio, como prefere contextualizar a bugrada.
Contra o primeiro conspira a, digamos assim, "quadratura do círculo" e outras mumunhas; com relação ao segundo, ele mesmo em carne viva – é o próprio balacobaco em pessoa. São fortíssimos candidatos, portanto, a figurar na galeria de ex que não lograram reeleição – únicos, aliás.
O fato de no Réveião de 2019 acabar a Era da Intriga, do Fuxico e da Bisbilhotice – a ser decretada pelo cidadão-eleitor-contribuinte a 2 de outubro de 2018, logo no primeiro turno – terá como consequência o fim da livre perambulação de Popó pelos andares e corredores do Alencastro.
"Popó", frequentador assíduo do horário eleitoral na função de Calabar, para quem o atrevido irmão vida-torta do alcaide não foi apresentado, é o caçulinha do clã que tem como guru, ídolo e confidente W$ – aquele mesmo nosso velho conhecido, mentiroso militante e caloteiro praticante.
Evidente que, embalado pela vitória do próximo ano, o grupo vencedor, apenas colocando as coisas minimamente nos eixos – tal a balbúrdia herdada – vai chegar ao pleito municipal vindouro em condições de também apear Nenéo numa só tacada.
Nadica de nada indica que conseguirá dar impulso ao ritmo atual, modelito "lesma lerda", tanto na gestão direta como na dos serviços delegados. Um exemplo: às 12:17:40 do dia 03/10/2017 foi protocolado pedido de ligação de esgoto. A taxa é de R$ 500, pouco menos, a ser paga no 1º boleto.
Hoje são 09/12 – passaram-se dois meses e uma semana – e até esse preciso instante, 13:13, embora o prazo estipulado fosse de um mês para realizar o "selviço", ninguém da tal "Águas Cuiabá" deu as caras. Só para ligar, notem bem, porque no bairro já existe a rede.
Pior: ainda fazem beicinho quando dizemos que tal empresa entendeu como "meta do milênio" a universalização do saneamento básico que se comprometeu realizar em trinta anos. Ah!, na mesma rua, o asfalto tem um buraco na pista que cabe um vagão do VLT.
E está assoreando os d'água da APP (Área de Preservação Permanente) que fica em frente. Se não for exigir muito, solicitamos ao Popó – o faz-tudo, sobretudo o que não deve – a fineza de acordar o xomano Nenéo da sesta estatutária pra dar um jeito no corpo. Pode ser ou tá difícil?
É o tipo da coisa desagradável escrever num artigo aberto ao público que os fatos estão ao lado do presidente Michel Temer neste mês de dezembro de 2017. Mas o que se vai fazer?
São os fatos – essa praga de fatos, que tantas vezes têm a mania de mostrar justo o contrário daquilo que as pessoas acham tão mais cômodo pensar.
A Rede Globo achou que iria derrubar o homem com telejornais e com jornalistas de cara indignada – parece não ter entendido, até agora, porque ele continua lá.
Temer compra deputados, vende ministérios, aluga partidos políticos.
Entram, então, os fatos – e aí é uma tristeza. Se Temer é tão ruim assim, como se diz desde que ele tomou posse, por que o seu governo está sendo tão bom?
Pedem-me em todo canto que comente o tal discurso de Tiririca. Comentar o quê? Até onde fui, senti um profundo tédio.
Com a devida vênia, só imbecis leem ali uma lição. Só os desinformados que se querem cínicos acham que vai ali, quando menos, uma verdade ingênua sobre a realidade da política.
Se ele evidenciasse ter guardado o dinheiro que ganhou oriundo da política numa conta a serviço das criancinhas pobres, talvez eu lhe concedesse um parágrafo de tempo a mais.
Estudo do consultor do Senado Pedro Fernando Nery desmonta a tese de que os deputados que votam a favor de reformas da Previdência não conseguem mais se eleger.
Ele analisou o que ocorreu na eleição de 1998. Naquele ano, a Câmara votou mudanças nas regras do INSS propostas pelo governo Fernando Henrique Cardoso.
O ponto mais sensível foi a criação da idade mínima, rejeitada a cinco meses do primeiro turno por um voto.
Dos 466 votantes, 406 disputaram a reeleição. Entre os que votaram a favor da idade mínima, 72% se elegeram, ante 50% dos que foram contra.
Click aqui pra saber mais na Coluna
do Estadão e aqui para ver o estudo