Nos últimos dois anos e nove meses – 1.001 dias e noites, para sermos rigorosamente exatos – os poderes constituídos em Mato Grosso viveram fortíssimas emoções. Com viés de alta para a próxima quadra, lamentavelmente, por conta de lambanças decorrentes de ganância, falta de embocadura, senso de limite, despreparo, má-fé ou puro vedetismo.

Não escapou nenhum, seja diretamente – Executivo, Legislativo, Tribunal de Contas – ou por ricochete, como o Judiciário e o Ministério Público que viram seus nababescos salários e vantagens reduzidos, restando ainda para ser questionado o delta que embolsam no custo dos serviços cartoriais. Questão de tempo, por certo.

As agruras vivenciadas pelo governador Pedro Taques – herança maldita à parte – resultam, em certa medida, da arriscada escolha que fez para a Casa Civil, como vimos ene vezes, e por não se mirar nos bem-sucedidos exemplos de administrações anteriores – Pedrossian, Júlio Campos e Dante de Oliveira – no "qüesito" Segurança Pública.

Pela ordem: as presenças de Adone Collaço Sottovia, do quadro de oficiais da Força Aérea, ao lado do "Turco"; Oscar Travassos, desembargador aposentado, com "Djulinho", e Hilário Mozer, do Exército, junto ao "Magrão" inibiram a ciumeira entre as polícias Civil e Militar, pelo fato de uma não ter que "bater continência" pra outra e vice-versa.

Well... Nunca se deve excluir a imponderával capacidade do "cerumano" em produzir desastres, principalmente quando – só ou em bloco – tem aquelas ideias geniais, coisas do tipo "Grampolândia" e outras do naipe, hoje e por um longo tempo o principal padecer de PTX, já que o modal VLT, em definitivo, saiu do radar "graças" ao "talento" de W$.

Semana passada foi afastado o secretário de Saúde e, na quinta, o titular do G-Com. "Cabeção" retornou logo e o mesmo deve ocorrer com o colega jornalista Kleber Lima. Nos dois casos a decisão veio de juiz singular e ambos têm prerrogativa de foro, só o TJ tem competência para tanto. A causa, porém, está em boa mãos, as do Dr. Paulo Fabrinny.

Salvo as tais honrosas exceções que confirmam a regra, na Assembleia Legislativa – agora "sobre" a direção de um ser luminoso, sócio de Jotaverissimossaurus – meio mundo está enrolado e/ou arrolado, com direito a prisão de um "nobre colega", enquanto no TCE o Supremo passou o rodo. Sobrou apenas um, não se sabe por quanto tempo.

Pra fechar com chave de ouro a sucessão de urucubacas desta era sombria – a cereja do bolo destes tempos de cólera que insistem em não passar – só faltava o outrora poderoso e ainda numeroso ex-comendador João Arcanjo Ribeiro voltar a estas Minas da Villa Real de São Bão Jesus de Cuyabá & Arredores. Não falta mais!