Embora esperada, a chegada dos "meninos" para chacoalhar o cobertor de muitas gentes de bens no alvorecer da última quinta-feira, ainda assim pegou caboclo de calças curtas.
Se da "monstruosa" delação do ex-Silval Barbosa – que a rigor, repetimos, nada revelou que não fosse de pleno conhecimento de nosso e-leitorado há um porrilhão de luas...
...Da reação dos "beneficiados" já não se pode dizer o mesmo, a destacar a do emérito pescador de matrinxã, ex-deputado Hermínio Barreto, no "qüesito" originalidade.
– "Eu não me reconheço naquelas imagens", explicou-se candidamente ao comentar o vídeo em que "se aparece" embolsando o mensalinho pago à base de apoio na AL.
Em outras palavras, apelou ao indignado bordão da moda contra a classe política "NÃO ME REPRESENTA" – na primeira pessoa, no caso. E ainda acha que vai "colar".
A leitura mais óbvia e sensata do constrangedor episódio coube ao deputado Wagner Ramos, ou algo assemelhado, para quem todos eles caíram numa "cilada".
É claro que Barretinho, para livrar-se do batom na cueca engrossou o folclore por pura ingenuidade e sem um pingo de maldade, ao contrário do reizinho que virou reuzinho.
Venal até a medula, o ainda (?!!!) miministro esnobou em tom blasé as buscas da PF em seus amplos, modernos e suntuosos endereços oficiais, particulares e empresariais.
Arrolado como chefe da organização criminosa que infelicitou Mato Grosso por 12 anos – desta vez numa flechada na mosca do quase-quase ex-procurador Rodrigo Janot...
...Asseverou que "jamais tentou enganar a Justiça", o que absolutamente não corresponde à verdade, como se pode comprovar aqui, óh!. Cesteiro que faz um cesto... sacumé.
Trata-se de ação que move contra o locutor que vos fala em que fomos condenados à revelia porque a intimação judicial foi assinada pelo... porteiro. Induzida a erro, a juíza nosfu.
Sovina do tipo que só não come a própria merda porque fede – interditou judicialmente o pai, para ficar com o jatinho dele, depois alugado para a TAM e fretado pelo governo...
...Isto é: o empresário lucrava com o avião que usava como governante; quebrou o plano de saúde dos servidores para pagar cirurgia de redução de estômago da primeira-dama...
...Enfim – pernada na Padroeira à parte –, perpetrou toda sorte de patifarias, a exemplo das PPPs que asfaltou o acesso a todas às suas fazendas, etc, etc, etc, etc...
...Até quintuplicar o patrimônio do grupo Amaggi, agora decuplicado com um banco que pode chamar de seu, império que por certo irá ruir como o da dupla goiana J&J. Já presa.
Mais: Só falta negociar delação
e acabar de foder Temer e Lula.
Além de incriminar o ex-presidente Lula, as revelações aumentam o número de empresas investigadas por corrupção nos governos do PT e avança sobre o setor financeiro, além de ajudar a decifrar velhos escândalos do governo, como o mensalão.
Nas democracias atuais, com seus grandes eleitorados e técnicas apropriadas de votação, os antigos argumentos antiliberais jazem moribundos em covas rasas, aguardando o sepultamento a que fazem jus.
Os apologistas dos ex-presidentes Lula da Silva e Dilma Rousseff, quando não os próprios, tendem a buscar no suposto combate às desigualdades sociais uma espécie de conforto moral para manter rija a defesa do indefensável.
Em seu último depoimento, em resposta formulada por uma jovem Procuradora da República, Lula por duas vezes a ela se dirigiu chamando-a de "minha querida". A Procuradora o enquadrou.
Lula reagiu (buscando outro recurso dos líderes populistas, que é o atiçamento da luta de classes) perguntando: “como quer que a chame, de doutora?”
Wesley Batista repetiu o ex-diretor da Petrobrás Renato Duque ao ser preso na quarta, 13. Informado de que, além do mandado de busca e apreensão, a Justiça também havia autorizado sua prisão, colocou a mão na cabeça, deu um chute no chão e soltou um “Que País é este?”
A delação premiadíssima dos irmãos Batista, com toda a carga de suspeitas que levantou, teve ao menos um efeito colateral positivo: obrigou o procurador-geral Rodrigo Janot a desengavetar denúncias que lá estavam há quase dois anos.
As denúncias contra os quadrilhões do PT e do PMDB misturam fatos antigos com outros recentes.
Foi o meio que Janot encontrou de enquadrar o presidente da República, Michel Temer, que a lei exime de prestar contas de atos alheios e anteriores a seu mandato.