A apresentadora de TV Ticiana Villas Boas, mulher do empresário e delator Joesley Batista, dono do Grupo J&F, que controla a JBS, contestou um trecho do anexo da delação premiada do diretor de relações institucionais da empresa, Ricardo Saud, em que ele relata o pagamento de propina ao governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), e ao filho dele, o deputado federal Fábio Faria (PSD-RN).
Por meio de um áudio enviado a Patricia Abravanel, mulher do deputado e filha do empresário e apresentador Silvio Santos, no dia 1º de junho, Ticiana presta solidariedade e desmente a versão de Saud de que um jantar na casa de Joesley antes das eleições de 2014, do qual Patricia teria participado, destinou-se à negociação de pagamentos indevidos a Robinson e Fábio Faria.
Sim, sou avesso aos “distritão” porque os partidos deixam de ter importância. E não acho isso bom. Aliás, pergunto: como, nesse caso, falar em “fidelidade partidária”? Cada deputado vira dono do seu voto e faz dele o que quiser, não? A rigor, não se distingue muito da candidatura independente.
O sujeito é uma celebridade? Equilibra bola na ponta do nariz? Põe os indicadores frente a frente e gira um dedo no sentido horário e outro no sentido anti-horário? É craque em trava-línguas? Já deixou vazar nudes e depois chamou a Polícia? Está pronto para ser candidato.
Eu também sou contra o financiamento público de campanha. Divergência principal: vai se pegar dinheiro do Orçamento para fazer o futuro carregar o passado.
A expressão origina-se do meio pecuarista, em referência a uma situação onde criadores de gado, ao atravessar um rio infestado de piranhas, abateriam um dos touros, já velho e/ou doente, atirando seu corpo, sangrando, ao rio, para atrair os peixes carnívoros enquanto os peões cruzavam o rio com o restante do rebanho.
Se observado com cuidado o noticiário da grande imprensa (redes de televisão, rádios, jornais e suas projeções no ambiente eletrônico) nos últimos meses, seriam três os mais “pesados” itens nas despesas públicas.
Rodrigo Janot declarou em alto e bom som que “enquanto houver bambu vai ter flecha”.
Entretanto, faltando poucas semanas para o fim de seu mandato, o PGR ainda não requisitou à justiça na Suíça, o enviou de dados da conta da JBS no banco Julius Baer.
O banco suíço, que já se prontificou para fornecer documentos, se solicitado, foi usado, segundo a delação de Joesley Batista, para movimentar US$ 150 milhões de recursos ilícitos para abastecer campanhas de Lula e Dilma.
A sobrevivência de Temer foi o passo dado com os olhos na relativa quietude das ruas. A indiferença é relativa, porque a opinião manifestou-se em pesquisas, estimulou o Congresso a desafiá-las, a impor sua própria agenda.
Concessões à bancada dos ruralistas, redução de áreas de proteção ambiental na Amazônia, discursos, ombros tatuados com a palavra Temer, caímos num parlamentismo do horror.
Mas isso também é a armadilha que tecem para que as pessoas se afastem enojadas da política, concluam que aquilo é um universo paralelo, o melhor é ignorá-lo.
O balanço da Ultrapar divulgado nesta quinta-feira revelou um prejuízo de R$ 100 milhões por conta de uma desastrada política com especulação de estoques.